Portugal, Israel, Palestina: outro relance pela história

Só em 1977 Lisboa e Telavive acordaram trocar embaixadas. E só em 1991 um embaixador português residente se instalou no Estado judeu. O Estado da Palestina ainda espera reconhecimento.

Os portugueses que têm a idade do Estado de Israel sabem como o sentimento pró-israelita prevaleceu entre nós. Em 1961 viram o Exodus de Otto Preminger e foram ganhos para a causa da Haganah e do Irgun do fim do mandato britânico na Palestina dos kibbutz. Depois empolgaram-se com o romance homónimo de Leon Uris (1958), que o filme adaptara. Em 1967 renderam-se à aura de Moshe Dayan na Guerra dos Seis Dias, em que Israel ocupou a Cisjordânia, o Sinai, a faixa de Gaza, os montes Golã e a parte velha de Jerusalém, confirmando um poderio militar imbatível na região. Uma nova empatia pró-palestiniana militante iria emergir na Europa no dealbar dos anos 70 (sucedendo a anteriores simpatias pelo pan-arabismo laico). Mas em Portugal a história atrasava-se devido à ambígua relação, herdada de Salazar, com o Estado judeu.

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