Rússia corta exportações de petróleo além do previsto

Rússia tenta travar tendência descendente dos preços do petróleo nos mercados internacionais com novas reduções na produção.

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A Rússia é uma das maiores produtores de petróleo do mundo Reuters/HANNIBAL HANSCHKE
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Numa tentativa de trazer os preços do petróleo no mercado internacional, a Rússia manifestou este domingo a intenção de irá mais além do que o previsto nos cortes das exportações desta matéria-prima que irá realizar até ao final do ano, numa política que segue em parceria com a Arábia Saudita.

Sem um entendimento completo entre todos os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo, a Rússia e a Arábia Saudita, os dois maiores produtores mundiais têm vindo a pôr em prática cortes nas exportações que travem, nos mercados internacionais, a tendência de descida dos preços que se acentuou desde meados de Setembro.

A Rússia já tinha anunciado que iria exportar, até ao final deste ano, menos 300 mil barris de petróleo por dia em comparação com o nível registado entre Maio e Junho deste ano.

No entanto, agora, em declarações a vários meios de comunicação social russos, o vice primeiro ministro Alexander Novak revelou que a Rússia irá, ainda Dezembro, ir mais longe nos cortes, com uma redução adicional de “50 mil barris por dia ou talvez mais”.

Para 2024, logo a partir do primeiro trimestre, os cortes nas exportações poderão acentuar-se e ascender aos 500 mil barris por dia.

Neste momento, o preço do barril de petróleo Brent encontra-se ligeiramente abaixo dos 80 dólares, um valor que fica abaixo dos 93 dólares que se registavam em Setembro e bem longe do máximo de mais de 110 dólares atingido no início da guerra na Ucrânia.

Alexander Novak revelou ainda confiança de que um acordo entre a Rússia e a China para o fornecimento de gás através de um novo gasoduto poderá ser anunciado em breve.

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