Pedro Nuno Santos à frente na corrida para líder do PS com 64%, segundo dados não oficiais

No primeiro dia das eleições votaram 16 mil socialistas, o que representa uma taxa de participação de 76%. Neste sábado vão a votos as restantes nove federações, incluindo a maior, o Porto.

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Pedro Nuno Santos votou em São João da Madeira LUSA/MANUEL FERNANDO ARAÚJO
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Os dados não oficiais das candidaturas mostram que, depois do primeiro dia de votações para eleger o novo líder do PS, em que se realizaram eleições em 12 federações, Pedro Nuno Santos acumula uma votação de 64% e José Luís Carneiro chega aos 35%. O restante 1% cabe a Daniel Adrião.

José Luís Carneiro venceu apenas nas federações do Oeste e Vila Real, enquanto Pedro Nuno Santos foi o vencedor na Área Urbana de Lisboa, em Aveiro (a sua distrital), e também Bragança, Castelo Branco, Évora, Guarda, Leiria, Portalegre, Setúbal e Viana do Castelo.

De acordo com informação do PS divulgada de madrugada, na sexta-feira foram às urnas mais de 16 mil militantes no primeiro dia das eleições directas para eleger o novo secretário-geral do partido. O que significa, nas contas do partido, uma participação de cerca de 76% entre os militantes aptos a votar nestas 12 federações, ou seja, os que tinham as quotas pagas dentro do prazo. Não houve "registo de incidentes", salienta ainda a nota do gabinete de imprensa.

Porém, a percentagem da participação deverá ser menor, já que, sem contar com os mil eleitores da JS por todo o país que também têm direito de voto, as federações que votavam na sexta-feira representavam cerca de 22.500 militantes aptos a votar, de acordo com as estatísticas disponibilizadas ao PÚBLICO pelo partido, o que significa a participação será de 70%. O universo eleitoral apto na votar nestas directas é de cerca de 60 mil militantes (os que têm quotas pagas até ao fim do primeiro semestre deste ano), o que corresponde a três quartos do total de militantes com quotas activas.

Neste sábado, estarão de portas abertas (embora sem que haja horários iguais) as secções das federações distritais de Braga, Coimbra, Porto (a maior), Santarém, Viseu e das federações regionais do Algarve, Baixo Alentejo, Açores e Madeira.

O processo eleitoral no PS foi aberto com a demissão de António Costa das funções de primeiro-ministro, a 7 de Novembro, depois de ser tornado público que era alvo de um inquérito judicial instaurado pelo Ministério Público no Supremo Tribunal de Justiça, no âmbito da Operação Influencer, que levou, nesse dia, à detenção de cinco pessoas, incluindo o seu chefe de gabinete, Vítor Escária.

Além do novo secretário-geral do partido, os socialistas vão eleger 1400 delegados (aos quais se juntam 1250 delegados por inerência) ao Congresso Nacional, que se reunirá entre 5 e 7 de Janeiro, na Feira Internacional de Lisboa, assim como a presidente e a comissão política nacional das Mulheres Socialistas.

Os resultados eleitorais serão divulgados pelas 23h30, na sede nacional do PS, no Largo do Rato, em Lisboa, pelo presidente da Comissão Organizadora do Congresso (COC), o deputado Pedro do Carmo. com Lusa

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