PJ desmantela rede internacional de tráfico de cocaína e detém três portugueses

Três portugueses foram detidos por suspeitas de tráfico internacional de cocaína. Droga vinha do Brasil nos cascos dos navios e era distribuída em elevadas quantidades pela Europa.

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Diligências durante as investigações permitiram apreender 288 quilos LUSA/LUÍS FORRA
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A Polícia Judiciária (PJ) deteve esta terça-feira em Lisboa três portugueses suspeitos de tráfico internacional de cocaína, um deles o alegado cabecilha da rede, numa investigação coordenada com as autoridades francesas que começou no início de 2022.

Em comunicado, a PJ adianta que em conjunto com o Office Anti-Stupéfiants (OFAST) francês levou a cabo a operação "Origami" que desarticulou uma organização internacional de tráfico de cocaína "que se dedicava reiteradamente à introdução de elevadas quantidades de cocaína, provenientes nomeadamente do Brasil, no continente europeu".

Através da colaboração das autoridades dos dois países foram identificadas e controladas em França três situações de transporte de cocaína dissimulada no casco de navios, adiantou a PJ. "Na prossecução da investigação desenvolvida em França e Portugal, apoiada por trabalho de recolha e pesquisa de matéria probatória e em intensa actividade policial, foi possível identificar e deter três pessoas de nacionalidade portuguesa no âmbito do cumprimento de Mandados de Detenção Europeu", acrescenta a nota da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes (UNCTE).

Durante a investigação, que culminou com a detenção dos suspeitos, foram desenvolvidas e executadas diversas diligências que já tinham permitido apreender cerca de 288 quilos de cocaína, refere a PJ. No decurso do cumprimento dos mandados de busca realizados durante esta terça-feira foram apreendidos cerca de 125 mil euros.

A investigação prossegue titulada pelo Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) da Amadora com a finalidade de identificar e deter outros presumíveis autores ou elementos do grupo. Os detidos serão agora presentes no Tribunal da Relação de Lisboa e de Évora para primeiro interrogatório judicial e aplicação das medidas de coação.

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