Estas são as candidatas a árvore portuguesa de 2024

Já se pode votar nas dez candidatas a árvore portuguesa do próximo ano. Votação decorre até 5 de Janeiro de 2024.

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Um plátano de Alijó é uma das árvores candidatas Município de Alijó
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Está aberta a votação para a eleição da árvore portuguesa de 2024. A árvore escolhida será a representante de Portugal na edição europeia do concurso Árvore do Ano de 2024. As votações para a competição nacional estão abertas até 5 de Janeiro, às 23h59.

Ao todo, estão dez árvores a concurso, após uma selecção de um júri constituído por António Bagão Félix (economista), Rui Queirós (engenheiro silvicultor do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, nomeadamente dos processos de classificação de arvoredo de interesse público), Francisco Teotónio Pereira (produtor do programa Faça chuva ou faça sol) e João Maria Salgado de Goes (director da União da Floresta Mediterrânica – UNAC). A votação pode ser feita aqui.

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A designada "camélia-japoneira" de Guimarães é uma das candidatas a árvore portuguesa de 2024 Rita Salgado/Laboratório da Paisagem

Em comunicado, a UNAC, que organiza o concurso nacional, refere que este ano foram ultrapassadas “as expectativas iniciais” e que houve um aumento do número de árvores sugeridas como candidatas: se no ano passado foram 35 avaliadas para chegarem ao concurso online, nesta edição foram 44. Na selecção do júri, avaliaram-se critérios biológicos (como a idade), estéticos (porte ou paisagem circundante), dimensão (como a altura) e históricos (como aspectos culturais).

Estas foram as dez eleitas: um plátano de Alijó com 35 metros de altura; uma azinheira com 250 anos de São Brás de Alportel; uma camélia com 300 anos de Guimarães; um cedro de 44 metros de Vila Real; uma nogueira-do-japão com raízes em Mafra; uma magnólia com mais de 200 anos de Mangualde; uma oliveira com 3350 anos de Abrantes conhecida como “Oliveira do Mouchão”; uma mistura de zambujeiro e oliveira de Pedrógão; um sobreiro de 16 metros de Lugar de Quebrada (Arcos de Valdevez); e um sobreiro de 25 metros na Tapada Nacional de Mafra.

Há regras para esta votação online: cada pessoa só pode votar uma vez e pode seleccionar duas árvores. Nos últimos cinco dias de votação, o número total de votos de cada candidata será oculto.

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Sobreiro na Tapada Nacional de Mafra também está a concorrer para árvore do ano Ana Sá/EMIGUS

“Apesar de nesta edição predominar a árvore em espaço urbano, contamos novamente com exemplares de cariz florestal, reforçando a ligação rural-urbano tão necessária à salvaguarda dos valores florestais, muitas vezes afastados do espírito mais citadino”, assinala-se no comunicado. “Não se pode proteger o que não se conhece”, refere-se ainda a organização, que frisa que as árvores nas cidades permitem aproximar a sociedade dos “activos florestais basilares”, além do seu valor paisagístico e ambiental.

A vencedora do concurso em Portugal representará o país no concurso europeu. Organizada pela Associação de Parceria Ambiental (EPA), a competição é formada por vencedores dos diferentes concursos nacionais.

Portugal tem vindo a ficar em lugares de destaque na competição europeia. Antes, em 2018, o Sobreiro Assobiador da aldeia de Águas de Moura (no concelho de Palmela) ficou em primeiro lugar no concurso europeu. Em 2019, a Azinheira Secular do Monte do Barbeiro, localizada a sete quilómetros da aldeia de Alcaria Ruiva, no concelho de Mértola, obteve o terceiro lugar.

Já em 2020 o castanheiro de Vales, em Tresminas, no concelho de Vila Pouca de Aguiar, conseguiu o sexto lugar no concurso europeu. Em 2021, o plátano do Rossio de Portalegre ficou em quarto lugar. Em 2022, um sobreiro de Arraiolos conseguiu o terceiro lugar. E, em 2023, o eucalipto de Contige ficou em quinto lugar.

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