Shakira chega a acordo e evita julgamento de fraude fiscal de 14,5 milhões

A cantora concordou com uma pena suspensa de três anos, em troca do pagamento de sete milhões em multas às autoridades espanholas. O processo tinha sido instaurado em 2018.

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Shakira esteve presente em tribunal esta segunda-feira, em Barcelona Reuters/ALBERT GEA

A estrela pop colombiana, Shakira, chegou esta segunda-feira a um acordo para evitar um julgamento em Barcelona, depois de ter sido acusada de não pagar 14,5 milhões de euros de imposto de renda espanhol, entre 2012 e 2014. O acordo implica o pagamento de uma multa de metade do valor devido, mais de sete milhões de euros.

O caso remonta a 2018, quando a Agência Estatal de Administração Tributária de Espanha instaurou um processo contra a artista. “Cheguei à conclusão de que vencer não é uma vitória se o preço for roubar tantos anos de vida”, disse.

"Esta decisão de chegar a um acordo responde a razões pessoais, emocionais e sentimentais, que nada têm que ver com razões legais", disse Shakira num comunicado divulgado pela sua agência de comunicação espanhola. A cantora acrescentou que estava pronta para defender a inocência, mas decidiu dar prioridade à carreira e aos filhos.

Segundo a legislação espanhola, qualquer pessoa que viva mais de seis meses no país é considerada cidadã para efeitos fiscais. De acordo com o processo, a cantora colombiana passou mais de 183 dias por ano a residir em Espanha, entre 2012 e 2014. Assim, a Procuradoria alegou que Shakira passou mais de metade de cada um desses anos em Espanha e, portanto, residia normalmente no país. Afirmou também que uma propriedade em Barcelona que comprou em Maio de 2012 serviu como casa de família.

"É logicamente uma decisão de conformidade que envolve o reconhecimento dos factos. Mas a decisão foi motivada por questões pessoais", reiterou Miriam Company, uma das advogadas de Shakira, já fora do tribunal. Apesar de acreditar que poderia provar a inocência de Shakira, a advogada reconheceu que as circunstâncias mudaram.

Esta não é a primeira vez que celebridades internacionais são acusadas do mesmo crime. Cristiano Ronaldo, o argentino Lionel Messi e o jogador brasileiro-espanhol Diego Costa, também já tiveram que responder às autoridades espanholas. Os processos foram todos liquidados, após o pagamento de multas pesadas. Já o técnico do Bayer Leverkusen, Xabi Alonso, recusou-se a fazer um acordo e acabou por vencer o julgamento contra a agência tributária. O Supremo Tribunal de Espanha confirmou no mês passado a absolvição do treinador.

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