INE prevê que produção de azeitona suba 20% este ano

Operação dos lagares iniciou-se mais cedo devido “ao adiantamento do ciclo vegetativo das oliveiras”

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Daniel Rocha

A produtividade de azeitona para azeite deverá subir 20% este ano, face a 2022, para 2495 quilos por hectare, de acordo com as previsões agrícolas do Instituto Nacional de Estatística (INE).

Embora seja um ano de safra, o calor durante a floração e vingamento do fruto “comprometeu alguma produção” da azeitona para azeite, o INE prevê um aumento de 20% desta produção.

Enquanto a produção em 2022 foi de 2079 quilos por hectare, em 2023 o instituto estatístico prevê uma produção de 2.495 quilos por hectare, ficando, ainda, 3% acima da média do quinquénio.

Já no caso da azeitona de mesa, o INE também espera uma subida de 20% em termos homólogos, para 2905 quilos por hectare, contra 2421 quilos por hectare.

“Nos olivais tradicionais esperam-se produtividades muito superiores às verificadas em 2022, mas nos olivais intensivos em plena produção perspectiva-se uma estabilização da produtividade”, acrescenta o INE em comunicado divulgado esta segunda-feira.

O INE refere que continuam a entrar em produção “muitos olivais intensivos plantados recentemente”. Entre as colheitas de variedade, a da arbequina já foi concluída, enquanto a colheita de galega e cobrançosa continua a decorrer.

Já a operação dos lagares de azeite iniciou-se mais cedo devido “ao adiantamento do ciclo vegetativo das oliveiras”.

Amêndoa com produção recorde

O INE registou que as previsões apontam para uma reversão da situação de seca meteorológica na maior parte do território continental, persistindo a seca fraca em 12,8% em Setúbal, Beja e Faro.

No kiwi, a perspectiva é de uma produção próxima da dos últimos dois anos, enquanto a amêndoa teve a maior produção de sempre, totalizando 53 mil toneladas – “devido à entrada em produção cruzeiro de muitos pomares, maioritariamente instalados no Alentejo”.

Já no caso da castanha, deverá registar-se, pelo segundo ano consecutivo, “decréscimos significativos de produção (menos 33%, face à média do último quinquénio)”.

O final da campanha das culturas de Primavera de regadio confirmou produções superiores ao ano passado no caso do tomate (1,68 milhões de toneladas, mais 32%), enquanto o milho para grão cresceu 5%. A produção de arroz, apesar de ter a sua colheita condicionada pelas chuvas, deverá aumentar 10% para 171 mil toneladas.

Já o decréscimo de produção do girassol de 30%, face a 2022, deve-se em exclusivo à redução de área. No caso de pomóideos, como maçãs ou peras, houve um balanço negativo desta última pelo segundo ano consecutivo

As chuvas e as elevadas temperaturas em Outubro promoveram, de acordo com o INE, condições favoráveis para a germinação de ervas espontâneas, o que impulsionou boa regeneração e desenvolvimento vegetativo das pastagens naturais de sequeiro.

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