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Será que a maioria dos portugueses tem noção das consequências reais do seu consumo excessivo de álcool fora das estradas?

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Lembro-me de o ver quase sempre na rua do Café Tic-Tac, com uma boina suja a cobrir a careca e uma camisa surrada que deixava perceber a camisola interior de cavas. Nunca entendi uma palavra do que dizia, mas nunca o vi calado. Falava muito, sempre sozinho, e limpava com as costas das mãos o excesso de saliva que se acumulava nos cantos da boca. Urinava onde quer que estivesse e por mais de uma vez foi encontrado inconsciente, mergulhado numa poça de vómito. Ouvia dizer que era um bêbado e era isso que repetia, mesmo sem compreender o que significava, quando alguém recém-chegado perguntava quem era o homem que gritava impropérios enquanto lutava contra a falta de equilíbrio.

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