Arranco o meu cabelo compulsivamente, e não sou a única

Algumas pessoas têm pouca consciência de que estão a fazê-lo. Lutar contra os impulsos é como tentar resistir a coçar uma picada de mosquito. A tricotilomania pode ter consequências físicas graves.

Foto
O acto de puxar o cabelo enquadra-se nos comportamentos repetitivos centrados no corpo Holly Stapleton/The Washington Post,Holly Stapleton/The Washington Post
Ouça este artigo
00:00
09:07

Nas últimas duas décadas, tenho vivido com uma compulsão misteriosa: Arranco o meu próprio cabelo. Começou quando eu tinha 8 anos. Um dia, deitada no sofá, tensa e inquieta, descobri um pelo da sobrancelha que parecia estar fora do sítio. Apertei-o entre as pontas dos dedos e puxei. A calma invadiu-me o peito. Os meus braços sentiram um formigueiro, provocando uma sensação de libertação. Voltando à sobrancelha, puxei-a uma e outra vez, cada vez que arrancava um pelo aprofundava o meu transe. Em 30 minutos, quase todas as minhas sobrancelhas tinham desaparecido.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção
Comentar