Nani Medeiros canta Clara Nunes nos 80 anos do nascimento da sambista

A cantora brasileira Nani Medeiros apresenta um espectáculo centrado exclusivamente no repertório de Clara Nunes (1942-1983). Este sábado no Samambaia, em Lisboa.

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Nani Medeiros DR
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No ano em que se assinalam 80 anos do nascimento da sambista Clara Nunes (1942-1983), a cantora gaúcha Nani Medeiros presta homenagem a essa grande cantora com um espectáculo centrado exclusivamente no seu repertório, não apenas nas canções que fizeram sucesso junto do público, mas também as menos conhecidas. O concerto está marcado para este sábado, no lisboeta Samambaia (bar da Voz do Operário, à Graça), pelas 20h. Com Nani Medeiros (voz) estará, como habitualmente, o violinista Junior Pita, a acompanhá-la no violão de 7 cordas.

Nascida em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, em 20 de Dezembro de 1985 (dois anos após a morte da cantora que agora homenageia, Clara Nunes), Nani Medeiros cresceu num ambiente familiar musical, já que os seus irmãos são também músicos. Estudou artes cénicas no Teatro Escola de Porto Alegre (TEPA) no ano 2000, trabalhando mais tarde em publicidade, o que a velou a gravar locuções e jingles. Um deles, a canção Me haces bien, de Jorge Drexler, numa versão brasileira de Paulinho Moska (Me faz bem), chamou a atenção para a sua voz.

Isso levou-a a outros patamares. Primeiro com Essa Mulher, um espectáculo de tributo a Elis Regina, em 2012; e depois com É Luxo Só, estreado em 2013, com base no repertório de grandes cantoras brasileiras. Em 2014 estreou-se como actriz e em 2015 fez parte do elenco do musical Estação Brasil – A música brasileira na era do rádio, estreado em Porto Alegre.

Apresentando como referências na música brasileira as cantoras Elizeth Cardoso, Clara Nunes, Nana Caymmi e Elis Regina, Nani aproximou-se do fado e começou, em 2016, a cantá-lo em vários estados brasileiros, actuando pela primeira vez em Portugal em 2017, ano em que lançou o seu primeiro álbum, Valentia. A sua ligação a Portugal fez com que ela e Junior Pita (que é membro do grupo instrumental brasileiro de choro Regional Imperial) passassem a residir em Lisboa, apresentando-se ao vivo em duo, em diversos palcos, como agora sucederá.

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