O futuro chefe da política climática da UE tem o apoio dos eurodeputados

O holandês Wopke Hoekstra é o próximo responsável pela política de alterações climáticas da União Europeia, informou esta quarta-feira o presidente da comissão.

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O Comissário Europeu indigitado para a Acção Climática, Wopke Hoekstra, prestou declarações na audição na Comissão do Ambiente do Parlamento Europeu em Estrasburgo, França, na segunda-feira EPA/JULIEN WARNAND

A Comissão do Ambiente do Parlamento Europeu apoiou esta quarta-feira o antigo ministro dos Negócios Estrangeiros neerlandês Wopke Hoekstra como o próximo responsável pela política de alterações climáticas da União Europeia, informou o presidente da comissão. Também o Parlamento Europeu aprovou formalmente nesta quinta-feira a indicação de Wopke Hoekstra como comissário da Acção Climática, faltando agora apenas a aprovação por parte dos países da União Europeia antes que possa iniciar funções. Houve 279 votos a favor, 173 contra e 33 abstenções no parlamento.

Hoekstra e Maros Sefcovic, nomeado para liderar a coordenação-geral das políticas ecológicas da União Europeia, obtiveram a aprovação de pelo menos dois terços dos membros da comissão, disse o presidente da comissão, Pascal Canfin, numa publicação na rede social X, anteriormente conhecida como Twitter.

Os candidatos ainda precisam da aprovação formal de uma maioria do Parlamento Europeu, numa votação na quinta-feira que, segundo alguns eurodeputados, deverá ser aprovada, dado o apoio da comissão.

Na audição no Parlamento Europeu, na segunda-feira, o nomeado holandês para comissário da Acção Climática disse que vai seguir a ciência e propor cortes de 90% nas emissões de CO2 até 2040.

“As alterações climáticas são claramente um risco e uma ameaça e não deixarei de ser ambicioso quando fixar o próximo objectivo [de redução de emissões] para 2040”, afirmou o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros dos Países Baixos, indicado pelo seu Governo para substituir o “czar do clima”, Frans Timmermans, em Bruxelas. O primeiro vice-presidente executivo da Comissão Europeia demitiu-se para se candidatar a primeiro-ministro nas eleições legislativas antecipadas de 22 de Novembro.

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