Activistas climáticos sentaram-se na Rua de São Bento para interromper o trânsito

Três activistas do colectivo Climáximo foram detidos pela polícia e levados para a esquadra da PSP no Largo do Rato, em Lisboa. Vídeo mostra condutor a agredir duas manifestantes.

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Um grupo de activistas climáticos do colectivo Climáximo afirma ter interrompido o trânsito na rua de São Bento, em Lisboa, esta manhã, por volta das 8h00 Climaximo/DR
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Três activistas foram detidas pela PSP, segundo comunicado da Climáximo Climaximo/DR
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Um grupo de activistas climáticos do colectivo Climáximo interrompeu o trânsito na Rua de São Bento, em Lisboa, esta quarta-feira, das 8h00 às 8h45. O protesto desta manhã repetiu o método usado terça-feira para bloquear o trânsito na Segunda Circular da cidade: três activistas sentaram-se no chão da artéria lisboeta e distribuíram panfletos, refere um comunicado.

O objectivo do protesto desta manhã era, simbolicamente, interromper a circulação num local “mais perto do poder legislativo”, ou seja, da Assembleia da República, em Lisboa.

Um vídeo partilhado pelo Climáximo no canal Telegram, assim como nos stories da rede Instagram, mostra um motorista a agredir duas activistas durante a acção. Nas imagens, é possível ver um condutor a sair de um camião branco, a puxar os cabelos de uma das activistas e, depois, a empurrar uma outra.

A artéria esteve interrompida “durante menos de meia hora”, afirmou ao PÚBLICO Mariana Rodrigues, porta-voz da Climáximo. Contactado pelo PÚBLICO, o gabinete de relações públicas da PSP de Lisboa confirma a acção de protesto, acrescentando que a circulação na Rua de São Bento só foi reposta às 8h45.

A nota de imprensa refere que, durante o protesto, foram distribuídos panfletos contendo o seguinte texto: “Sabendo o que sabes sobre a crise climática, o que vais fazer?” A PSP interveio e três activistas foram conduzidos à esquadra do Rato.

Noah Zino, responsável pela assessoria de imprensa da Climáximo, confirmou ao PÚBLICO o protesto, mas não adiantou se o colectivo vai passar a organizar acções semelhantes todas as manhãs. “O clima está sempre a mudar e é possível que haja acções mais frequentes. Não podemos partilhar mais informações por razões de segurança”, referiu.

​Na terça-feira de manhã, membros da Climáximo fizeram um protesto semelhante. Dez activistas climáticos sentaram-se na estrada na Segunda Circular, bloqueando o trânsito no sentido Benfica-aeroporto por alguns minutos, em frente à sede da Galp.

“Os governos e as empresas declararam guerra contra a sociedade e ao planeta. Esta declaração unilateral está a traduzir-se em ataques: catástrofes (ditas ‘naturais’) para garantir uma desresponsabilização dos culpados pelos seus crimes conscientes e coordenados”, refere Mariana Rodrigues, porta-voz do colectivo, no comunicado divulgado esta quarta-feira. ​

Notícia actualizada às 11h20. Foi incluído parágrafo sobre vídeo no Telegram.

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