Para assinalar o dia Mundial do Turismo, Catarina Santos Cunha, vereadora com o Pelouro do Turismo e Internacionalização na Câmara do Porto, foi para a rua falar com os turistas e entregar-lhes um documento onde se elencam algumas regras para que os visitantes mantenham uma sã convivência com os locais e com a cidade.
Com o Porto nas bocas do mundo e uma afluência cada vez maior de turistas à cidade, a Câmara do Porto procura estratégias que promovam o “respeito pelo destino e pelos seus residentes”, avança Catarina Santos Cunha. É com este objectivo em mente que foi elaborado o Tourist’s Manifest (Manifesto do Turista), um guia de boas práticas para quem visita a cidade.
Com este manifesto, integrado na iniciativa “Visão de Futuro para a sustentabilidade do Destino Porto”, a autarquia quer dar a conhecer, sensibilizar, mas também comprometer os turistas para que estes adoptem práticas sustentáveis durante a sua estadia. Porque, segundo a vereadora, a sustentabilidade não é uma responsabilidade apenas dos municípios, mas também “de quem visita”.
Dividido em cinco categorias, este guia dá dicas sobre comportamentos a adoptar, ou evitar, na passagem pelo Porto. Apela ao uso da mobilidade suave, transportes públicos e caminhadas como as melhores formas de deslocação na cidade, chama a atenção para a responsabilidade de cada um em manter as ruas limpas, promove o consumo em estabelecimentos de comércio local e dá ainda algumas sugestões de palavras portuguesas a aprender.
Num momento inicial, a distribuição do manifesto contará com duas acções promocionais. A primeira, mesmo “à entrada” dos turistas no Porto, no aeroporto Sá Carneiro. A segunda em ruas de forte afluência turística: Rua de Santa Catarina e Rua das Flores. Todavia, Catarina Santos Cunha avança que a sensibilização não se ficará apenas por estes locais: “Iremos também deixar estes folhetos nos hotéis, alojamentos locais e operadores turísticos que nos possam ajudar a passar a mensagem”.
Para a vereadora, é importante não descurar o desenvolvimento e crescimento económico que tornou o Porto num “monumento do mundo”. No entanto, apesar do crescimento que veio com o turismo ser “algo muito relevante para todos”, há que “equilibrar o mais possível o convívio saudável entre visitantes e residentes”.
A autarca declara que a acção de sensibilização não é a única estratégia em curso para alcançar um turismo mais sustentável. Está também a decorrer um estudo, a ser apresentado no final do ano, sobre uma divisão da cidade em “quarteirões” que procura olhar para territórios da cidade que não sejam tão turísticos e de que forma podem ser explorados de modo a “dispersar os fluxos”. O Objectivo é que “a pressão não seja tão incómoda” para os moradores do Porto.
Quando questionada sobre que mensagem gostaria que chegasse aos turistas com este manifesto, Catarina Santos Cunha reforça a “necessidade de os visitantes perceberem que para terem uma cidade bonita e organizada, precisam de a respeitar”.
Texto editado por Ana Fernandes