O repúdio islâmico e os tribunais portugueses

Kedar nunca se mostrara defensor dos direitos da mulher em geral, mas apresentava-se, agora, nas vestes de um grande defensor dos direitos da Joana.

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A Joana, uma cidadã portuguesa nascida na China, contraiu casamento religioso islâmico em 1969, em Quioto, no Japão, com Kedar, um cidadão dos Emirados Árabes Unidos. Em 2015, Joana apresentou um pedido de divórcio em Londres, onde ambos viviam. Mas, pouco depois, foi notificada de que o seu divórcio já tinha sido decretado por um juiz do Tribunal de Sharjah Sharia, Emirados Árabes Unidos. O seu marido, Kedar, tinha recorrido ao chamado “repúdio islâmico” que permite aos homens pôr termo ao casamento, bastando dizer “anti talaqti ou mutallaqa” (“Eu repudio-te!”) três vezes, para o ver terminado e o Tribunal de Sharjah Sharia confirmara o divórcio assim obtido.

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