João Couto abre Caixas, enquanto passeia as Canções Sobre o Meu Carro e o Meu Quarto

Já lá vão oito anos desde que João Couto saiu vencedor do programa Ídolos, da SIC (em 2015), o que lhe permitiu gravar um primeiro álbum, Carta Aberta (2018), com influências que iam desde os Beatles até Miguel Araújo. Nascido em 29 de Setembro de 1995, em Vila Nova de Gaia, voltaria à televisão em 2019, deste vez ao Festival RTP da Canção para interpretar O jantar, a convite de Pedro Pode, e reincidiria nos álbuns com Boa Sorte (2021). Colaborações, ao longo destes anos, teve várias, partilhando autorias (Os Azeitonas, Tomás Adrião, Joana Almeida, Samuel Úria, Janeiro, Pedro de Tróia) ou palcos (Miguel Araújo, D’Alva, Joana Espadinha, Virgem Suta). Agora, regressa em dose dupla: um single, Caixas, que se estreia esta sexta-feira; e a digressão de um espectáculo, Canções Sobre o Meu Carro e o Meu Quarto, que começa no sábado. Neste último, João Couto pretende “reinventar num formato intimista” canções já escritas e estrear novas, com esta premissa: “Todas as minhas canções (ou grande parte delas) têm uma temática comum, a do espírito de descoberta e fuga, personificado pela imagem do carro, e a intimidade e introspecção, personificada pela imagem do quarto”.

A digressão começa sábado, dia 16, em Chaves, na Sala Amarela, seguindo para Argoncilhe (Santa Maria da Feira) no dia 21 de Outubro. Em Novembro actua em Lisboa (Auditório Carlos Paredes (dia 17) e em Dezembro no Porto (dia 3, na sala Novo Ático do Coliseu Porto Ageas). No mesmo período, participará também no Sofar Sounds, dia 30 de Setembro, num concerto secreto no Porto. A gravação, como é hábito desta plataforma, será depois publicada no Youtube.

Quanto à canção agora estreada em single e videoclipe, Caixas, João Couto explicou-a assim no texto que acompanha o lançamento: “Foi inspirada num Verão em que testemunhei vários fins de relação no meu grupo de amigos e num dia em particular, numa mudança de casa de uma amiga, em que uma coisa que ela me disse chamou-me a atenção: quando eu ia começar a pegar numa caixa com plantas ela disse-me ‘cuidado, essa é a MINHA orquídea’. A forma como ela frisou isso, como as coisas dela tinham essa importância por muito pequenas que fossem, como a personalidade e as memórias dela estavam agarradas a tudo o que estávamos a tirar daquele T0 mexeu comigo.” E foi esta “dimensão humana e pessoal” dada a objectos que o inspirou. “Comecei a tocar a canção em showcases e concertos meus e era sistematicamente das mais bem recebidas e acarinhadas e a decisão de a lançar assim foi inevitável."