Amazónia, o combate decisivo em dez grandes reportagens

Na Amazónia, trava-se o combate decisivo pelo futuro do planeta. Nas próximas dez semanas, o PÚBLICO vai mostrar-lhe como.

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A primeira grande reportagem será publicada nesta sexta-feira Nelson Garrido
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Depois de as primeiras estradas começarem a rasgar o coração da Amazónia, há 50, 60 anos, a maior floresta tropical do mundo perdeu 20% da sua área. Um território equivalente ao da Alemanha e da Grécia juntos foi devastado em favor da soja, do gado ou do cobre, antes de acabar muitas vezes degradado e abandonado. O jornalista Manuel Carvalho está naquele que é o maior santuário de biodiversidade do mundo. E, nas próximas dez semanas, leva-o a descobrir este território e os grandes desafios que ele enfrenta, numa série especial que poderá acompanhar no PÚBLICO.

A primeira grande reportagem será publicada nesta sexta-feira, 8 de Setembro, na edição digital, e no sábado, na edição em papel. A partir de Tabatinga, no Norte do país, Manuel Carvalho conta-nos como o combate crucial para o futuro do clima está em curso na Amazónia.

A Amazónia não é o “pulmão” do planeta, como se julgava, mas é a peça-chave de um bioma que lança no mar todos os anos 20% da água doce do mundo, que sequestra biliões de toneladas de carbono, que tem um efeito decisivo nas correntes oceânicas que distribuem o calor pelo planeta. E é um reflexo único da riqueza cultural da humanidade, onde se falam 300 línguas em comunidades indígenas que resistiram e sobreviveram a cinco séculos de colonização.

Depois de, no final de 1980, o mundo ter despertado para os custos potenciais da destruição da floresta, a pressão política internacional e a mudança das políticas do Brasil procuraram travar o ritmo da degradação da Amazónia e a violência que a corrida pelas terras ou pelo ouro provocou. Com Jair Bolsonaro, os piores pesadelos regressaram: a mineração ilegal que lança mercúrio nas águas, o desmatamento e as queimadas, a posse ilegal de terras e as ameaças aos territórios indígenas, que culminaram no assassinato do jornalista Don Phillips e do indigenista Bruno Pereira, no ano passado, voltaram a confrontar o mundo com os perigos que a Amazónia enfrenta.

Na Amazónia, trava-se o combate decisivo pelo futuro do planeta. Nas próximas dez semanas, o PÚBLICO vai mostrar-lhe as faces dessa ameaça, mas também os esforços e esperanças dos que, no terreno, nos levam a acreditar que a destruição do último meio século não se repetirá.

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