Festival Vilar de Mouros recebeu 70 mil pessoas e volta com quatro dias em 2024

Edição do próximo ano decorrerá de 21 a 24 de Agosto.

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Os Limp Bizkit foram um dos cabeças-de-cartaz deste ano JOSÉ COELHO/EPA

O festival de Vilar de Mouros recebeu cerca de 70 mil pessoas nos seus quatro dias de duração, uma "aposta ganha" a repetir no próximo ano, disse aos jornalistas Diogo Marques, da organização.

"O festival foi um sucesso, os objectivos iniciais foram cumpridos", declarou no sábado, em conferência de imprensa de balanço.

Vilar de Mouros contou este ano com nomes como Limp Bizkit, The Prodigy, Pendulum e James. Segundo Diogo Marques, o orçamento superou os dois milhões de euros, tendo a adição de mais um dia sido uma "aposta ganha", pelo que vai repetir-se.

"Vamos voltar para o ano, quatro dias na mesma: 21, 22, 23 e 24 de Agosto de 2024 nesta aldeia minhota, nesta região e neste concelho de Caminha que tão bem nos acolhe", assegurou Diogo Marques aos jornalistas.

O responsável revelou que a organização já está a fechar artistas e que "muito em breve estarão na rua nomes para a edição de 2024", com o objectivo de "tocar gerações".

"Todos os nossos artistas têm de ter história e têm de tocar na história das pessoas. A nossa linha é esta, está definida, é nossa e só nossa, e vamos continuar nela", acrescentou.

Em termos de estilo, o cartaz de 2024 ainda está por definir, dependendo também "da agenda dos artistas", explicou. "Se vamos mais para o rock, se vamos mais um bocadinho para o pop, se vamos um bocadinho mais para o dark como fomos este ano, isso é o que vamos definir agora."

A garantia deixada por Diogo Marques é que o Vilar de Mouros continuará a "trabalhar neste nível de artistas top mundial".

Diogo Marques considerou ainda "histórico" o último dia desta edição, em que o recinto esgotou, com 25 mil pessoas.

"Com os The Offspring, em 2019, tínhamos esgotado um dia, mas tínhamos uma lotação de menos cinco mil pessoas. Agora aumentámos o espaço do recinto, e portanto esta é mais uma vitória", considerou Diogo Marques. Com a enchente, verificaram-se longas filas e demora na entrada, mas o responsável sublinha que "em geral tudo correu bem".

"A questão das filas, [neste sábado], era inevitável. É uma questão estrutural do recinto, [mas] já temos solução pensada para 2024", garantiu aos jornalistas, apontando a criação de "mais corredores de fila" para "uma entrada mais rápida".

Diogo Marques disse ainda que "quando todas as pessoas chegam nas mesmas horas, é impossível colocá-las tão depressa como desejam dentro do recinto". Houve, de resto, pedidos da organização para que o público chegasse mais cedo, dada a elevada afluência.

Organizado pela empresa Surprise & Expectation, o festival passou, este ano, a ter o Crédito Agrícola como "naming sponsor" e como parceiros a Câmara de Caminha e a Junta de Freguesia de Vilar de Mouros.

O primeiro festival de música do país, que ainda hoje goza da fama de "Woodstock à portuguesa", aconteceu em 1971 em Vilar de Mouros e repetiu-se em 1982. Regressou, na sua versão actual, em 1996, tendo sofrido um interregno de oito anos, entre 2006 e 2014.

A primeira edição, em 1971, lançada pelo médico António Barge, contou com a presença, entre outros, de Elton John e Manfred Mann.

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