Aeroportos portugueses batem recorde com 31 milhões de passageiros até Junho

O aeroporto de Lisboa movimentou 15,9 milhões de passageiros no primeiro semestre. Reino Unido lidera origem e destino.

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Dados do primeiro semestre não incluem impacto da Jornada Mundial da Juventude LUSA/MIGUEL A. LOPES
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O movimento de passageiros nos aeroportos portugueses continuou a bater recordes em Junho, quando se registou a passagem de 6,4 milhões de passageiros (mais 11,4% face a Junho de 2022) pelas várias infra-estruturas aeroportuárias do país, com destaque para Lisboa e Porto.

As estatísticas rápidas do transporte aéreo divulgadas pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) esta segunda-feira indicam que em Junho se registou o desembarque médio diário de 107 mil passageiros nos aeroportos nacionais, mais 11,6% que os 95,9 mil do mesmo mês de 2022 e 9,1% acima do verificado em Junho de 2019, antes da pandemia (98,1 mil passageiros).

Depois da recuperação de tráfego registada em 2022, “desde o início de 2023 têm-se verificado máximos históricos nos valores mensais de passageiros nos aeroportos nacionais”, que são, na maioria, geridos pelo grupo ANA.

Considerando o primeiro semestre, registou-se um aumento de 28,4% face a igual período de 2022, enquanto o movimento de carga e correio registou um ligeiro decréscimo (-0,8%). Na comparação com o período pré-pandemia (primeiro semestre de 2019), houve subidas de 12% e 9,4%, respectivamente.

Segundo estas estatísticas, que ainda não têm em consideração o impacto da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que decorreu no início deste mês, o aeroporto de Lisboa movimentou mais de metade dos 31,2 milhões de passageiros que passaram pelos aeroportos nacionais (50,8% do total, ou 15,9 milhões) no primeiro semestre.

O movimento de passageiros no Aeroporto Humberto Delgado cresceu 30,9% quando comparado com o mesmo período de 2022 e 8,7% face ao primeiro semestre de 2019.

Os números do próximo semestre deverão mostrar um crescimento ainda mais expressivo, já que, segundo um balanço divulgado recentemente pela Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC), entre 30 de Julho e 7 de Agosto, durante a JMJ, foram movimentados, em Lisboa, cerca de 960 mil passageiros.

O aeroporto do Porto (Aeroporto Francisco Sá Carneiro) concentrou 22,6% do total de passageiros movimentados no primeiro semestre (cerca de sete milhões), registando um aumento de 28,1% face ao primeiro semestre de 2022 e 14,9% face ao mesmo período de 2019.

Entre Janeiro e Junho, o Reino Unido foi o principal país de origem e de destino dos passageiros embarcados nos voos internacionais, com crescimentos de 23,7% no número de passageiros desembarcados e 24,9% no número de passageiros embarcados face ao período homólogo de 2022.

“França ocupou a segunda posição, com acréscimos de 23,3% e 23,7%, pela mesma ordem, seguindo-se a Espanha, com aumentos muito expressivos face ao primeiro semestre de 2022”, realça o INE – o aumento foi de 47,5%, quer como país de origem, quer como país de destino dos voos.

Além de Reino Unido, França e Espanha, fazem ainda parte deste ranking de cinco principais países de origem e destino a Alemanha e Itália.

Em Junho, quase 82% do total dos passageiros desembarcados nos aeroportos nacionais considerados pelo INE (Lisboa, Porto, Faro, Ponta Delgada, Madeira, Porto Santo, Beja, Horta, Flores, Santa Maria, Terceira, Pico, Graciosa, São Jorge, Corvo, Portimão, Bragança, Cascais, Vila Real e Viseu) correspondeu a tráfego internacional.

Destes 2,6 milhões de passageiros, mais de dois terços (68,9%) vieram de outros países europeus, seguindo-se o continente americano como segunda principal origem (9% do total de passageiros desembarcados).

Em Junho, aterraram nos aeroportos nacionais 22,8 mil aeronaves em voos comerciais, correspondendo a 6,4 milhões de passageiros (embarques, desembarques e trânsitos directos), e foram ainda movimentadas 17,9 mil toneladas de carga e correio (-1,9% face a Junho de 2022).

O grupo ANA, que gere dez aeroportos nacionais, revelou em Junho que teve resultados recorde em 2022, com um volume de negócios de 903 milhões de euros e um lucro de 334 milhões, acima dos valores de 2019, até aqui o melhor ano da empresa.

O resultado líquido do grupo em que também se insere a Portway, a empresa de assistência em terra que concorre com a Groundforce, ficou 10% acima do montante registado em 2019, enquanto o volume de negócios subiu 0,5%.

De acordo com a empresa detida pela Vinci Airports, no ano passado foram registados 55,7 milhões de passageiros e 407,5 mil movimentos de aeronaves, contra 59,1 milhões e 428,7 mil de 2019, respectivamente.

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