Os novos corsários russos

Os mercenários do Wagner funcionam em articulação com os serviços de informação militar (GRU), mas dispõem de larga autonomia. São instrumento fundamental da grande estratégia da Rússia para África.

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O golpe de Estado no Níger tem sido logicamente encarado como mais uma oportunidade da expansão da influência russa em África. O Grupo Wagner, através do seu chefe, Yevgeny Prigozhin (Ievgueni Prigojin na transliteração portuguesa), saudou o golpe militar como exemplo de revolta contra os “colonialistas” (franceses). O golpe não foi organizado pela Rússia, mas é lógico que o Níger seja o seu próximo alvo. Prigozhin actua de forma oportunista: intervém onde há situações de crise, terrorismo jihadista ou conflito de militares locais com os países europeus. Note-se que, para lá do Sahel, o Grupo Wagner está implantado na Líbia, ao lado das forças de general Khalifa Haftar, que controlam a Cirenaica.

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