Kerry na China para tentar reavivar cooperação na luta contra as alterações climáticas

Enviado presidencial especial dos Estados Unidos para o Clima assume que não são esperados grandes avanços durante a visita de três dias ao território chinês.

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John Kerry, enviado dos EUA para o Clima e ex-chefe da diplomacia norte-americana Reuters/GUGLIELMO MANGIAPANE
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O enviado presidencial especial dos Estados Unidos para o Clima, John Kerry, chegou este domingo a Pequim para uma visita de três dias que tem como objectivo tentar reavivar as conversas com o Governo chinês, tendo em vista uma maior cooperação bilateral na luta contra as alterações climáticas.

A China e os EUA são dois dos maiores poluidores a nível mundial – em conjunto, somam quase 40% do total de emissões.

A sua cooperação em matéria climática tem estado, ainda assim, praticamente paralisada, por causa das tensões geopolíticas e económicas recentes, que contribuíram para uma deterioração acelerada das relações diplomáticas nos últimos anos.

Não obstante, a visita do antigo chefe da diplomacia norte-americana à China é a terceira visita de um alto responsável político da Administração Biden ao país em poucas semanas, depois das viagens de Antony Blinken, secretário de Estado norte-americano, e de Janet Yellen, secretário do Tesouro.

Em vésperas da chegada de Kerry a Pequim, os meios de comunicação social próximos do regime chinês, como o Global Times, jornal do Partido Comunista Chinês, acusaram os EUA de fazer um exercício de “condescendência” em relação à China e de querer castigar o país ao tentar impor, por exemplo, restrições aos painéis solares.

“Aquilo que queremos é encontrar formas para a China e os EUA avançarem juntos e para o resto do mundo seguir os seus passos”, explicou Kerry, antes da visita, numa reunião com congressistas norte-americanos, na qual reconheceu que não espera avanços significativos.

“Se conseguirmos alcançar algum progresso, creio que podemos pôr um travão a este estado de ‘competição nervosa’ que, em última instância, pode acabar por provocar um erro de qualquer das partes”, acrescentou, no entanto, citado pelo Financial Times.

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