Inflação nos Estados Unidos cai para 3% em Junho

Inflação na maior economia do mundo registou no mês passado o nível mais baixo dos últimos dois anos.

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A descida da inflação foi bem recebida pelos mercados norte-americanos Reuters/Chip East
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Depois de ter atingido 4% em Maio, a taxa de inflação homóloga dos Estados Unidos da América (EUA) voltou a recuar em Junho, para 3%, mantendo-se ao nível mais baixo desde Março de 2021.

De acordo com os dados divulgados esta quarta-feira pelo Departamento do Trabalho dos Estados Unidos, os combustíveis mantêm-se como os principais responsáveis pela diminuição da taxa de inflação anual, após os significativos aumentos de preços em 2022.

O índice de inflação subjacente, que retira da análise os preços dos alimentos e da energia, desacelerou para 4,8%, dos 5,3% de Maio, melhor que os 5% esperado pela generalidade dos analistas, escreve a Reuters.

Trata-se do valor mais baixo desde Outubro de 2021, acrescenta a CNBC.

As notícias foram bem recebidas nos mercados, com os índices bolsistas norte-americanas a negociarem com ganhos depois do anúncio.

Tal como o Banco Central Europeu (BCE), a referência da Reserva Federal para a taxa máxima de inflação são 2%, por isso, apesar da desaceleração da inflação homóloga, continuam a ser uma maioria aqueles que esperam que a Fed volte a subir as taxas de juro no final do mês.

Em Junho, depois de dez subidas consecutivas iniciadas ainda em 2022, a instituição presidida por Jerome Powel fez uma pausa nas subidas que colocaram a taxa de juro de referência norte-americana no intervalo entre 5% e 5,25%, mas deixou o aviso de que continuaria atenta à evolução dos preços.

No caso dos EUA, os custos relacionados com a habitação representam mais de dois terços do índice de preços e são aqueles que uma analista ouvida pela CNBC entende que não estão a descer tanto quanto seria desejado, podendo justificar novas subida das taxas de juro até final do ano.

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