TAD mantém castigo a treinador Miguel Afonso por assédio sexual

O técnico de 41 anos contestou a sanção que lhe foi aplicada, de 35 meses de suspensão.

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Pedro Cunha / PUBLICO

O Tribunal Arbitral do Desporto (TAD) manteve o castigo de 35 meses de suspensão a Miguel Afonso, ex-treinador da equipa feminina do Famalicão, pelo Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), por assédio sexual e discriminação.

Miguel Afonso foi castigado com uma pena de suspensão de 35 meses e 5100 euros de multa pelo CD da FPF, pela "prática de cinco infracções disciplinares" muito graves, decorrentes de "comportamentos discriminatórios em função do género e/ou da orientação sexual", a 3 de Novembro de 2022.

O técnico de 41 anos contestou a pena junto do TAD, que, na segunda-feira, segundo o acórdão a que a agência Lusa teve acesso, manteve o castigo, cujos actos remontam ao início da época 2020-21, quando este treinava a formação feminina do Rio Ave.

"Nestes termos (...), decide-se negar provimento ao recurso interposto pelo demandante [Miguel Afonso] e, em consequência: julgar improcedente a acção proposta pelo demandante, não julgando provada a nulidade e as anulabilidades invocadas pelo mesmo e, em consequência, mantém-se na íntegra a decisão recorrida na parte que condena o demandante", lê-se no referido documento.

Miguel Afonso foi alvo de denúncias de jogadoras do Rio Ave em 2020-21, noticiadas no PÚBLICO, que deram lugar a outras sobre o antigo técnico de Bonitos de Amorim (2019-20) e Ovarense (2021-22), e, depois, Famalicão, que o suspendeu.

No dia 1 de Fevereiro último, o TAD também confirmou o castigo imposto pelo CD da FPF ao dirigente do Famalicão Samuel Costa, igualmente por comportamentos de assédio sexual e discriminação a duas futebolistas, de ano e meio de suspensão, por três infracções muito graves e 3060 euros de multa.

Antes de chegar ao Famalicão, no início da época passada, Samuel Costa, de 37, trabalhou no Vitória SC (2020-21) e no Valadares Gaia (2021-22).

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