Polícia restringe acesso a zona de vulcão em erupção na Islândia devido a gases tóxicos

Erupção segue-se a uma intensa actividade sísmica nos últimos dias. Autoridades islandesas apelam aos cidadãos para não se dirigirem ao local.

Vulcão
Fotogaleria
Vulcão Fagradalsfjall, a poucas dezenas de quilómetros da capital da Islândia, já tinha entrado em erupção em 2022 e 2021 JUERGEN MERZ - GLACIER PHOTO ART/Reuters
Fotogaleria
Vulcão entrou em erupção na península de Reykjanes, a cerca de 30 quilómetros da capital da Islândia, Reiquejavique Sigurdur Davidsson/Reuters
ciencia,islandia,vulcoes,sismos,geologia,
Fotogaleria
Não se prevê que a erupção liberte grandes quantidades de cinza vulcânica para a atmosfera JUERGEN MERZ/GLACIER PHOTO ART/Reuters
ciencia,islandia,vulcoes,sismos,geologia,
Fotogaleria
Erupção foi confirmada pelas 16h40 (17h40 em Lisboa) JUERGEN MERZ/GLACIER PHOTO ART/Reuters
ciencia,islandia,vulcoes,sismos,geologia,
Fotogaleria
Aumento da actividade sísmica terá levado à erupção Serviço Meteorológico Islandês/Reuters
ciencia,islandia,vulcoes,sismos,geologia,
Fotogaleria
Canais islandeses estão a transmitir a erupção em directo no YouTube KEN CEDENO/Reuters
,Vulcão
Fotogaleria
Erupção perto da capital da Islândia JUERGEN MERZ/GLACIER PHOTO ART/Reuters
Ouça este artigo
00:00
01:29

A polícia islandesa restringiu o acesso à zona onde um vulcão entrou em erupção, na segunda-feira, na península de Reykjanes, a cerca de 30 quilómetros da capital da Islândia, Reiquejavique, devido à “poluição de gases tóxicos perigosos”, informou o departamento de Protecção Civil e Gestão de Emergências do país.

Os habitantes foram aconselhados a dormir com as janelas fechadas e a desligar a ventilação, de acordo com um comunicado publicado no Facebook na noite de segunda-feira. “Após aconselhamento de cientistas, a polícia decidiu restringir o acesso ao local da erupção devido à enorme poluição por gases tóxicos, que põe em risco a vida das pessoas”, afirmou o departamento.

“Nas próximas horas, é altamente provável que o gás se acumule em torno do local da erupção devido ao vento fraco. As pessoas que já fizeram a caminhada até ao local da erupção, ou que já lá se encontram, são vivamente aconselhadas a abandonar a zona”, acrescentou.

A erupção segue-se a uma intensa actividade sísmica nos últimos dias e é classificada como uma erupção de tipo fissural, que normalmente não resulta em grandes explosões ou numa quantidade significativa de cinzas na estratosfera, explicou o Governo islandês num comunicado divulgado na segunda-feira.

Até ao momento, trata-se de uma erupção muito pequena, afirmou, na tarde de segunda-feira, Matthew Roberts, do Serviço Meteorológico Islandês (IMO), acrescentando que a erupção não representava perigo iminente para a população da região, embora as autoridades islandesas tivessem já apelado aos cidadãos para não se dirigirem ao local.

Ao contrário da erupção do vulcão Eyjafjallajokull, em 2010, que obrigou ao cancelamento de 100 mil voos no Hemisfério Norte e levou centenas de habitantes do Sudoeste do país a abandonar as suas casas, não se prevê que esta erupção liberte grandes quantidades de cinza vulcânica para a atmosfera. “Não se trata de uma erupção vulcânica com cinzas. É apenas lava”, explicou Matthew Roberts, citado pela agência Reuters.

A erupção foi confirmada às 16h40 locais (17h40 em Portugal continental). O fenómeno na montanha de Fagradalsfjall, em Reykjanes, pode ser acompanhado em directo no YouTube.

O vulcão esteve adormecido durante 800 anos e despertou em Março de 2021, com uma erupção que se prolongou por seis meses. A segunda erupção em séculos teve início em Agosto de 2022 e durou três semanas. Nenhuma foi considerada um perigo para a população.

A Islândia tem 32 sistemas vulcânicos activos e, em média, ocorrem erupções a cada quatro anos.

Sugerir correcção
Comentar