Crítica
Cinema
Légua. Uma casa em cuidados intensivos
À morte, ao fim de um mundo, Légua responde com um mostruário amoroso, gestos de trabalho e de amparo.
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Ainda a refazermo-nos da autodescoberta de Susana Nobre como detentora de uma identidade burlesca que pode ligar o seu filme a Buster Keaton, Nanni Moretti ou Aki Kaurismäki (sim, Cidade Rabat é assim), avançamos para o regresso de uma dupla, Filipa Reis e João Miller Guerra, que mantém com Légua que o risco, a aventura e, sim, também o desnorte e o desacerto, deviam ser feridas de guerra do espectador das salas de cinema. Mas essa é uma espécie em vias de extinção porque agora anda sempre dobrado, a prestar vassalagem a uma qualquer Netflix.
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