Sessa, uma visão da beleza do mundo, um som que abraça

Com dois álbuns, revelou-se um dos mais tocantes e empolgantes cantautores brasileiros. Carnal e metafísico, progressista da tradição, esteve em Portugal no final de Maio. Fomos ao seu encontro.

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Sessa assinou Grandeza (2019) e o magistral Estrela Acesa (2022) Helena Wolfenson
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Estava em Ilhabela, arquipélago idílico no litoral norte do estado de São Paulo. A pandemia a grassar lá fora e Sérgio Sayeg, Biel Basile e Marcelo Cabral a trabalharem as canções do primeiro, o músico que assina Sessa. Eles a tentarem avançar e Sérgio a duvidar, ele que se estreou em 2019 com a crua carnalidade de Grandeza, magnificamente vertida em música doce, poética dos corpos em balanço gentil. As dúvidas não nasciam da forma como estavam a trabalhar as canções, era algo mais profundo. “Me peguei pensando: ‘O que eu estou fazendo? Tem enfermeiros brigando para as pessoas sobreviverem, tem cientista indo atrás da vacina, gente a fazer a alimentação popular e eu aqui com esse violão’.”

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