A Turquia um pouco mais longe

Erdogan será tentado a ser mais do mesmo: um autocrata que, mesmo sem pôr em causa o laicismo kemalista, continuará a destruir o exemplo de que o mundo islâmico pode viver em democracia.

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As esperanças de uma mudança na Turquia em favor da democracia liberal ficaram moribundas na primeira volta das eleições presidenciais e finaram-se este domingo com a vitória anunciada de Recep Tayyp Erdogan. No mapa, a Turquia pode parecer distante, mas o colosso que faz a ponte entre a Europa e a Ásia é actor fulcral da política europeia desde a conquista de Constantinopla, no século XV, e é por isso que a reeleição de Erdogan conta para a União no futuro próximo. Já não se fala de uma adesão de Ancara; trata-se, no entanto, de saber que papel se dispõe a Turquia a assumir na segurança e estabilidade na Europa, em concreto na atitude perante a guerra na Ucrânia, e que jogo pretende disputar no eterno imbróglio do Médio Oriente.

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