Ministro assegura que vai restituir corte no subsídio pago ao Júri Nacional de Exames

Corte na remuneração é do tempo da troika e levou à demissão nesta semana de vários coordenadores do JNE.

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João Costa mostrou-se convicto de que as provas de avaliação vão decorrer com tranquilidade LUSA/JOSÉ SENA GOULÃO

O ministro da Educação assegurou, nesta terça-feira, que vai restituir o corte de 25% na remuneração do Júri Nacional de Exames, após alguns membros terem colocado o lugar à disposição, esperando que as provas de aferição decorram com a "devida tranquilidade".

"O que está em causa é uma coisa simples e que está a ser corrigida. As estruturas nacionais de exames tinham tido um corte de 25% no subsídio que recebem, na remuneração que recebem, desde o tempo da troika, [mas] nós vamos repor esse corte", disse o ministro da Educação, João Costa a jornalistas portugueses em Bruxelas, após o Conselho de Educação, Juventude, Cultura e Desporto, adiantando que "já houve uma reunião com as estruturas".

Segundo deu conta o Diário de Notícias, os responsáveis dos agrupamentos de exames do Norte, Centro e Lisboa puseram os seus lugares à disposição a partir da tarde desta segunda-feira, em protesto por não ter sido ainda reposto o que lhes foi cortado durante a troika, mas também pelas suas condições de trabalho, nomeadamente a sobrecarga horária decorrente da acumulação do trabalho dos exames com as aulas. Os agrupamentos de exames são a estrutura de ligação com as escolas do JNE e a prolongar-se esta situação poderia ser posta em causa a realização das provas de aferição, que está em curso, e a dos exames finais do 9.º ano e ensino secundário, marcados para Junho.

Em resposta ao PÚBLICO ao princípio da tarde, o Ministério da Educação garantiu que estava a acompanhar a situação e "envolvido na procura de soluções que venham a garantir o pleno funcionamento" das estruturas do JNE.

"Eu tenho a certeza que teremos serenidade e que as provas vão decorrer com a devida tranquilidade que todos os alunos merecem", frisou João Costa. Questionado sobre problemas verificados, nesta terça-feira, nas provas de aferição em formato digital, João Costa apontou que "todos os passos dados são passos num contexto de uma monitorização que é feita da aplicação e da transferência destas provas para o digital". "Este é o primeiro ano de mudança, o primeiro ano de generalização, portanto, é normal que existam que existam receios e dúvidas", concluiu.

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