Uma encenação absurda e perigosa, mas corajosa

António Costa vestiu as penas do falcão. A curto prazo, precisará de garras para o novo ecossistema político que acabou de promover.

O ministro das Infra-Estruturas demitiu-se com um comunicado e, pouco menos de uma hora depois, o primeiro-ministro recusou a demissão. Primeira pergunta: por que razão deixou António Costa que João Galamba se demitisse, sabendo que esse gesto seria inútil? Primeira resposta: porque precisava de um momento com solenidade e drama para assumir que recusava a demissão. Montar uma encenação para fazer um pronunciamento político é absurdo. Dar a cara como António Costa deu, em nome da sua “consciência”, desafiando tudo e todos, é um acto de coragem com consequências imprevisíveis.

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