Maria Etelvina, James Forrester e a era das histórias no vinho
A mediatização a que assistimos, focada sempre nos mesmos ícones, tem pouco ou nada de genuíno.
Há uns dias, publiquei numa rede social uma rábula sobre um alegado caso de amor entre a minha sexta avó Maria Etelvina e o famoso Barão de Forrester, o que garantiria uma origem longeva ao meu projecto vinícola. A coisa evoluiu e o caso tinha sido, afinal, entre a minha sexta avó e o Marquês de Pombal, pelo que já podia dizer que faço vinho desde a fundação do Douro. Como esta segunda publicação coincidiu com o dia das mentiras, 1 de Abril, insisti que o caso tinha sido mesmo com Forrester, e não com Pombal, acrescentando que também o meu sexto avô, o galego Maximiano Beiras Garcias, tinha partilhado lençóis com a mulher do Barão. No fim, depois de investigar melhor, descobri que existiu de facto um caso amoroso, mas apenas entre a minha sexta avó e a mulher de Forrester, um escândalo muito comentado na altura pela elite ociosa da Régua e do Porto mas que não chegou aos jornais, para sorte de todos.
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