A valsa de Marcelo com a eutanásia

Quem legisla e determina as prioridades ou necessidades da sociedade é o Parlamento, mas impedir a leitura que o Presidente faz dessas prioridades e necessidades é diminuir-lhe a sua função.

Acabou. O Presidente da República deixou de ter dúvidas sobre a constitucionalidade do novo decreto sobre a morte medicamente assistida e reconheceu que a sua capacidade para atrasar a sua aprovação se esgotou. Nem por isso se pode dizer que Marcelo foi derrotado. Pelo contrário, no futuro próximo, ninguém poderá negar que foi capaz de adiar até ao limite a promulgação da lei. Tal como ninguém o poderá responsabilizar pela descriminalização do suicídio assistido ou da morte medicamente assistida. Era isso que ele queria, foi isso que conseguiu.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção
Ler 20 comentários