Leo Bianchini mostra no Porto e agora em trio inéditos do próximo disco

Após vários concertos em Itália e no Brasil, Leo Bianchini regressa à apresentação de inéditos do seu próximo disco, agora em trio. Esta quinta-feira, no Café da Casa da Música, às 21h30.

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Em 2022 foi em Lisboa, no Village Underground, agora é no Porto, no Café da Casa da Música, esta quinta-feira, às 21h30 (com entrada livre). Leo Bianchini, cantor e compositor brasileiro que em 2019 trocou São Paulo por Vila do Conde, onde desde então reside, está a apresentar (e a apurar, em palco) os temas daquele que será o seu terceiro álbum a solo, depois de Mundrungo, de 2016 e de Solto no Mundo, já lançado em Portugal, em meados de 2021. Membro integrante do grupo 5 a Seco, Leo gravou com eles quatro discos e dois em parceria com Barão Di Sarno.

No período que mediou entre estes dois concertos, Leo andou em digressão, com uma série de espectáculos que passaram essencialmente por Itália e pelo Brasil. Sempre com esse mesmo fito: “A gente está construindo as bases do próximo disco, que será mais colectivo e interagindo mais com o cenário português. Com os músicos que moram aqui, as oportunidades que eu tive aqui, as músicas que nasceram através da residência, tem muitos ares de Portugal na história desse disco, nas canções, na formação, em tudo.” Por falar em formação, esta também se alterou: “Lá fora foi em duo e agora é em trio, com uma sonoridade mais de banda, para poder entrar nos festivais europeus”, diz Leo. O primeiro videoclipe em trio deverá ser lançado, diz, em meados de Maio.

Com Leo Bianchini (voz e violão), completam o trio dois outros músicos brasileiros: Felipe Bastos, baterista e percussionista brasileiro que já actuou ao lado de nomes como Milton Nascimento ou Hamilton de Holanda e reside actualmente no Porto (onde é professor), e Marcelo Castilha, agora também a viver no Porto, um pianista, acordeonista e artista multimédia que estudou no Berklee College of Music, em Boston, e fundou o trio de jazz Improvisado, com Pedro Ito e Meno Del Picchia, com o qual lançou em 2013 o álbum Interferências.

Dias depois, em Vila do Conde, Leo participa nas celebrações do 25 de Abril com uma canção escrita de parceria com o poeta vila-condense João Pedro Azul. “Tivemos de olhar para a história que compreende nossas nações”, explica Leo, “rever nosso lugar de fala e privilégio enquanto brancos europeus e conjugar de forma empática os dois lados da nossa história. A letra ficou interessante, autocrítica, consciente e sobretudo propositiva de um fazer colectivo para um mundo melhor.” Um excerto: “tempo de compartilhar/ o direito de sonhar/ conscientes do passado/ elevar um novo estrado/ pra dançar a semelhança// teu samba é meu lembrar/ minha palavra teus braços/ e juntos vamos lutar/ balançar nossa bandeira/ de um Abril sem fronteira.”

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