Sonae falha objectivo da OPA sobre Sonaecom, que se mantém em bolsa

Meta era atingir 90% para iniciar processo de retirada da Sonaecom de bolsa, mas grupo pouco alterou a sua participação, que já é de 88% do capital social.

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Claúdia Azevedo, presidente executiva do grupo Sonae Jose Sergio

A Sonae falhou o objectivo da Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre a Sonaecom, ao ficar abaixo dos 90% que eram necessários para lançar uma OPA potestativa e retirar a empresa de bolsa, segundo os resultados divulgados esta segunda-feira.

Na OPA, a holding liderada por Cláudia Azevedo apenas conseguiu comprar 474.239 acções da Sonaecom, que correspondem a 0,152% do capital social e 0,155% dos direitos de voto, através do serviço de centralização de bolsa, de acordo com os resultados da oferta, divulgados pela Euronext.

Antes da oferta ao mercado, a Sonae detinha 88,685% do capital social e 90,301% dos direitos de voto da Sonaecom. Após a OPA, passou a deter 276.585.527 acções da Sonaecom, o que corresponde a 88,837% do capital social e a 90,456% dos respectivos direitos de voto.

A Sonae falha, assim, o objectivo da OPA que era, caso atingisse os 90% do capital lançar uma OPA potestativa e retirar a empresa de bolsa.

Considerando que “a melhor solução para todas as partes seria a saída da Sonaecom da bolsa de valores”, “fizemos uma oferta pública voluntária a um preço que a própria CMVM considerou justo, com o objectivo de dar uma oportunidade aos accionistas minoritários de venderem as suas participações por um valor muito superior ao da cotação da acção nos últimos anos”, declarou fonte oficial da Sonae (grupo dono do PÚBLICO).

“Fizemos o que nos competia e respeitamos a decisão dos accionistas que preferiram manter as suas acções”, afirmou. E acrescentou: “reiteramos que estamos tranquilos com este resultado e confiantes no futuro da Sonaecom, que continuará a implementar a sua estratégia e a investir no seu desenvolvimento, com foco nos sectores de telecomunicações, tecnologia e na procura de novas áreas de crescimento.”

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