Prazo para entrega de propostas finais à compra da Efacec prolongado por 24 horas

Data inicial para os cinco candidatos seleccionados apresentarem propostas melhoradas terminava esta segunda-feira.

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Processo para encontrar novo "dono" para a Efacec continua a arrastar-se Nelson Garrido

Ainda não é esta segunda-feira que se fica a saber quantos dos cinco candidatos iniciais à reprivatização de 71,73% do capital da Efacec apresentaram propostas melhoradas. O prazo inicialmente previsto, de 10 de Abril, “foi prorrogado por 24 horas”, adiantou ao PÚBLICO fonte oficial da Parpública.

O Governo, em decisão tomada no início de Março, aprovou as propostas iniciais da Mota-Engil Capital, da Oxy Capital-SGOIC, dos grupos Visabeira e Sodecia Participações Sociais SGPS (com as duas empresas a concorrer em consórcio), e ainda da Mutares Iberia, S.L e do Oaktree Capital Management, L.P.

O novo prazo para a entrega das propostas finais é agora as 17h00 desta terça-feira, dia 11 de Abril.

A reprivatização da empresa, que já obrigou ao lançamento de dois concursos, arrasta-se desde Julho de 2020. Desde aí, a Efacec está praticamente em gestão corrente, com o Estado a pagar salários e outras despesas correntes, mas sem dispor de meios para uma gestão activa dos negócios.

A nacionalização de 71,73% do capital da empresa, até então detidos pela empresária Isabel dos Santos, ocorreu na sequência de processos judiciais avançados pela justiça angolana, no âmbito das investigações de um consórcio de jornalistas internacionais, que ficou conhecido por Luanda Leaks.

A privatização da empresa já teve um primeiro concurso, no âmbito do qual foi seleccionado o grupo português DST, mas que, depois de vários meses de negociações finais, acabou por desistir da operação, obrigando ao lançamento de um novo concurso.

Até ao final de 2022, o Estado já tinha financiado directa ou indirectamente (através de garantias bancárias) mais de 160 milhões de euros, cujo destino tem sido em grande parte o pagamento de salários.

O Jornal Económico avançou recentemente que o Estado injecta, mensalmente, 14 milhões de euros na empresa que tem cerca de 2000 trabalhadores e que ainda tem alguma presença em mercados internacionais.

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