Duas israelitas morreram num ataque a tiro contra um veículo no norte da Cisjordânia

Numa noite marcada pelos ataques de Israel contra alvos do Hamas no Líbano e em Gaza, a morte das duas irmãs poderá aumentar ainda mais a tensão.

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Uma ponte destruída no Líbano pelo ataque israelita contra alvos do Hamas WAEL HAMZEH/EPA

Duas irmãs israelitas morreram e a mãe ficou ferida em estado grave depois de um ataque a tiro perto do colonato de Hamra, no norte da Cisjordânia, segundo confirmaram os serviços de emergência.

O Exército confirmou o ataque e iniciou uma operação de busca e captura dos vários suspeitos do ataque, dirigido contra o veículo em que circulavam as mulheres e que acabou por chocar no cruzamento de Hamra, adiantam o Times of Israel e os militares israelitas na sua conta no Twitter.

Este ataque tem lugar no meio de um novo conflito armado entre Israel e o Hamas, que trocaram tiros durante uma noite em que o Exército israelita atacou posições do movimento palestiniano em Gaza e no sul do Líbano.

Meios de comunicação social palestinianos, citados pelo diário israelita Yedioth Aharonot, afirmam que os responsáveis do ataque são palestinianos, embora essa informação não tenha sido ainda confirmada pelas autoridades.

Entretanto, o Governo libanês anunciou que irá apresentar uma queixa no Conselho de Segurança da ONU sobre o ataque desta sexta-feira contra o seu território, considerando-o uma violação "flagrante" da sua soberania.

O chefe da diplomacia libanesa, Abdullah Bou Habib, ordenou à missão permanente do país junto das Nações Unidas que registasse uma "queixa oficial" em relação ao "bombardeamento e agressão deliberados de Israel na madrugada de hoje [sexta-feira] em áreas do sul do Líbano".

A medida foi aprovada pelo primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, depois de Israel ter atacado nas últimas horas alvos do Hamas no sul do Líbano.

Vários rockets foram lançados a partir do sul do Líbano em direcção ao território israelita na quinta-feira à tarde.

Nessa mesma noite, Mikati condenou o ataque ao território israelita e condenou "o uso do território libanês para realizar operações que desequilibrem a estabilidade" na região, pedindo para se evitar a "escalada" da violência.

No entanto, Israel considera que "o Estado libanês é responsável por todas as agressões que são realizadas a partir do seu território", segundo um porta-voz militar israelita.

Na manhã desta sexta-feira, o ministro da Defesa libanês, Maurice Slim, manteve um tom conciliador durante encontro com o seu homólogo italiano, Guido Crosetto, a quem transmitiu o interesse do exército libanês em "controlar a segurança" e "manter a estabilidade no sul" da região.

No entanto, Slim enfatizou que estão dispostos a "enfrentar qualquer agressão", publicou o Ministério da Defesa libanês na rede social Twitter.

Ao mesmo tempo, durante as primeiras horas da manhã de sexta-feira, o Exército israelita continuou a atacar alvos do Hamas com caças e tanques na Faixa de Gaza, de onde uma série de foguetes também foram lançados contra o território israelita, no meio de uma nova escalada de tensão na região.

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