Escócia. Marido de Nicola Sturgeon detido em investigação a finanças de partido

Emissora britânica BBC diz que Peter Murrell foi detido esta quarta-feira de manhã no âmbito de uma investigação a alegadas irregularidades nas finanças do SNP.

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Nicola Sturgeon apresentou a demissão da liderança do SNP em Fevereiro RUSSELL CHEYNE/Reuters

A polícia da Escócia anunciou, esta quarta-feira, a detenção de um homem de 58 anos no âmbito de uma investigação às finanças do Partido Nacional Escocês (SNP, na sigla original).

A polícia não identificou o homem detido enquanto suspeito mas, segundo a BBC, trata-se do marido da antiga líder escocesa Nicola Sturgeon, que se demitiu em Fevereiro do cargo de first minister da Escócia.

Segundo a emissora, Peter Murrell, de 58 anos, foi detido esta quarta-feira de manhã. Murrell demitiu-se do cargo de chefe-executivo do SNP no mês passado, ao fim de mais de duas décadas. Murrell e Sturgeon casaram em 2010.

A investigação policial incide sobre uma quantia de mais de 600 mil libras (cerca de 685 mil euros) angariada por partidários da independência da Escócia, que deveria ter sido gasta nessa campanha mas que não aparecia nas contas do partido.

Um porta-voz do SNP disse que o partido não pretende emitir comentários por se tratar de uma investigação em desenvolvimento, mas garantiu que há "cooperação total" com as autoridades. A direcção do partido concordou recentemente com a necessidade de "uma revisão da governação e transparência", disse a mesma fonte.

A polícia disse que estava a fazer buscas “numa série de locais no âmbito da investigação” e, segundo a BBC, há "actividade policial" junto à residência do casal, em Glasgow.

No final de Março, os militantes do SNP escolheram o ministro da Saúde escocês, Humza Yousaf, para liderar o partido na sequência da demissão inesperada de Sturgeon, em Fevereiro, ao fim de oito anos à frente dos independentistas. Na altura, Sturgeon justificou a saída do cargo pelo desgaste causado, sublinhando a gestão da pandemia da covid-19 como uma das tarefas mais duras ao longo dos seus mandatos como chefe do governo escocês.

“Só muito recentemente é que penso que comecei a compreender, quanto mais a processar, o impacto físico e mental que teve em mim”, disse Sturgeon quando anunciou a demissão.

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