Bolsonaro vai ser intimado a depor em escândalo de jóias

Ministro da Justiça afirma que se o ex-Presidente não comparecer, a investigação será concluída sem o seu depoimento.

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O ex-Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro MARCO BELLO/Reuters

O ex-Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, será chamado a depor no âmbito de uma investigação sobre acusações de que tentou levar ilegalmente jóias no valor de 3,2 milhões de dólares (quase 3 milhões de euros) para o país, disse esta segunda-feira o ministro da Justiça brasileiro, Flávio Dino.

"Temos indagações em curso, audiências a decorrer, e a dada altura, o antigo Presidente será intimado", disse Dino a jornalistas após um evento no Rio de Janeiro.

Não há um prazo ou uma data fixada para a intimação de Bolsonaro, disse o ministro, acrescentando que se o ex-presidente – que está nos Estados Unidos – não testemunhar, o Brasil "poderá ou não" recorrer a cooperação jurídica internacional.

O caso diz respeito a jóias de luxo doadas ao então Presidente e à sua mulher, Michelle Bolsonaro, pelo regime saudita, que foram apreendidas por funcionários da alfândega em Outubro de 2021, depois de terem sido encontradas na mochila de um assessor governamental.

Várias pessoas ligadas a Bolsonaro tentaram, sem sucesso, recuperar as jóias da alfândega. Bolsonaro negou qualquer acto ilícito.

De acordo com o ministro, a polícia concluirá a investigação quer Bolsonaro seja ou não ouvido.

"O depoimento é uma oportunidade para se defender", disse Dino. Mas não é essencial para a investigação. "Estamos perante factos que têm provas documentais, imagens, filme, agentes e papéis, provas materiais, e há audições, provas orais".

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