Temilade Openiyi, conhecida por Tems, era um dos focos da noite: era a primeira vez que uma artista nigeriana estava nomeada para um Óscar, no caso, de melhor canção original, pelo tema Lift me up, em conjunto com Rihanna, Ryan Coogler e Ludwig Göransson. Mas o motivo pelo qual Tems esteve sob os holofotes acabaria por ser outro: o seu dramático vestido, em tule branco, da Lever Couture, marca nascida pelas mãos da ucraniana Lesya Verlingieri.
Irreverente e sendo assinado por uma designer ucraniana, numa altura em que o conflito no país se arrasta há mais de um ano, o vestido tinha tudo para colocar Tems entre os melhores looks da noite — até pela carga simbólica. Mas a composição, que se destacava pelo facto de um ombro subir acima da cabeça da artista, compondo uma espécie de véu à sua volta, acabou por ser uma dor de cabeça para quem se sentou atrás da nigeriana.
“Imagine esperar toda a sua vida para estar nos Óscares e acabar por se sentar atrás de uma nuvem”, escreveu o escritor e produtor da Warner Bros Jarrett Bellini na sua conta de Twitter.
Ainda durante a passagem de Tems pela passadeira vermelha, um utilizador daquela rede social observou que “Tems roubou o espectáculo” — não imaginaria, provavelmente, que o mesmo pensamento terá ocorrido às pessoas sentadas atrás dela. E até quem se lembrasse da sorte de Tems por não ter Will Smith sentado na sua retaguarda, lembrando o episódio de violência de há um ano.
Ainda assim, a maioria das opiniões é unânime: Tems foi uma das mais bem vestidas da noite e o seu vestido uma obra de arte.