Angela Bassett perdeu o Óscar e não disfarçou a desilusão. Fãs da Marvel apoiam-na

A plateia rejubilou a uma só a voz a vitória de Jamie Lee Curtis. Ou quase: Angela Bassett, que também estava nomeada, não moveu um músculo.

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Angela Bassett estava nomeada por Black Panther: Wakanda Para Sempre NINA PROMMER/EPA

Jamie Lee Curtis é um nome acarinhado da indústria, por causa dos pais Tony Curtis e Janet Leigh, claro, mas sobretudo pelos variados papéis que assumiu ao longo da sua carreira, desde o seu inesquecível grito em Halloween de John Carpenter.

Quem anda na meia-idade, certamente, terá no seu catálogo mental Um Peixe Chamado Wanda, e os mais jovens puderam vê-la agora num Tudo em Todo o Lado ao Mesmo Tempo, que, na última noite, conquistou sete Óscares, alguns carregados de simbolismo.

Mas os prémios maiores da indústria cinematográfica norte-americana nunca tinham, até hoje, considerado Lee Curtis. Aos 64 anos, esta não é só a sua primeira estatueta como a sua primeira nomeação. O que, somado à simpatia que a maioria dos profissionais lhe tem, explica a euforia manifestada por quem assistia à entrega de prémios no Teatro Dolby, em Los Angeles.

Stephanie Hsu, que também estava nomeada por Tudo em Todo o Lado, mostrou-se esfusiante; Hong Chau sorriu e aplaudiu; Kerry Condon, apesar de mais contida, festejou a vitória da colega. Já Angela Bassett não esboçou qualquer reacção, num comportamento lido como uma enorme desilusão.

Bassett estava nomeada por Black Panther: Wakanda Para Sempre e a sua atitude foi amplamente condenada nas redes sociais, com quem a acusasse de não saber perder.

Não tardou, porém, para que os fãs da Marvel acorressem em seu auxílio, acusando a Academia de ter, mais uma vez, demonstrado como “odeia” filmes do universo Marvel.

Desde 2008, que a Marvel Studios produziu 31 filmes ambientados no Marvel Cinematic Universe, somando cerca de 30 mil milhões de dólares (28 mil milhões de euros) nas bilheteiras mundiais. Vingadores: Endgame, por exemplo, que se tornou o filme mais bem-sucedido de todos os tempos, com uma receita de bilheteira de cerca de 1,2 mil milhões de dólares (1,1 milhões de euros) no mundo inteiro no primeiro fim-de-semana de exibição. Mas o sucesso não se tem reflectido nas distinções da Academia de Hollywood.

Até à data, os filmes Marvel receberam 26 nomeações para os Óscares, das quais venceram apenas quatro estatuetas: três com Black Panther, em 2018, e um nesta edição. Ruth Carter conquistou o Óscar de melhor guarda-roupa pelo seu trabalho em Black Panther: Wakanda Para Sempre. O filme, além de também estar nomeado para melhor actriz secundária, foi indicado por melhor canção original (Lift me up, tema de Rihanna), maquilhagem e efeitos visuais.

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