Soldados ucranianos amputados em combate recebem próteses nos EUA

Mais de 8.000 civis foram mortos na Ucrânia. Milhares de militares perderam membros, ou sofreram algum tipo de amputação nas linhas de frente.

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Se tudo correr conforme planeado, Oleksandr Fedun vai voltar à Ucrânia a 25 de Fevereiro, um dia após o início da invasão russa. Oleksandr perdeu as duas pernas na guerra na Ucrânia e encontra-se a recuperar, ​num centro médico nos Estados Unidos.

“Apesar da lesão, e tudo o que tenho de aguentar, vou voltar para o exército. Vou voltar para lutar. Vou lutar lado a lado com meus companheiros”, disse Oleksandr, determinado a regressar à batalha.

O jovem de 24 anos foi atingido em Maio do ano passado na sua região natal, Zaporizhzhia. Várias instituições de caridade financiaram tratamentos médicos a militares ucranianos feridos em combate e Oleksandr é um dos cerca de dez soldados que receberam próteses, nos Estados Unidos. Sasha, como é conhecido pela família e amigos, passou os últimos meses a aprender a usar os novos joelhos, controlados por um computador, e agora está estável o suficiente para voltar para casa.

Roman Rodionov e Oleksii Moroz perderam os braços em Outubro do ano passado. Rodionov feriu-se quando uma mina rebentou na trincheira onde estava. “Cinco soldados ficaram feridos, um deles foi morto”, recorda Rodionov, militar de 40 anos, pai de uma filha de cinco.

A brigada de Moroz foi a primeira na cidade de Kherson, na altura da libertação. Perdeu parte de um braço quando a sua viatura blindada foi atingida. A lesão, acima do cotovelo, faz com que a reabilitação seja mais simples.

"Matar os outros não é uma coisa boa, quase nada de bom é feito. Mas se for preciso voltar, é claro [que vou]. Se houver uma emergência, eu volto. Lutei quando tinha as duas mãos, quando estava tudo bem. Não sei o que mais posso fazer agora, o que mais depende de mim", diz Moroz, relutante em voltar para o combate.