Todos temos Orlando em nós (diz Paul B. Preciado)

Orlando, My Political Biography, um diálogo lúdico e livre do filósofo transgénero espanhol com o clássico de Virginia Woolf, é o shot de energia que veio acordar o primeiro fim-de-semana da Berlinale

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Orlando, My Polítical Biography, de Paul B. Preciado LES FILMS DU POISSON

Estava a Berlinale ainda a começar a engrenar uma edição 2023 morninha quando aparece Paul B. Preciado e, depois de insultar um bocadinho (mas só um bocadinho) Virginia Woolf (“fucking Virginia Woolf já escreveu a minha biografia”, diz em off), nos atira para cima com a festa da “fármaco-libertação” e, qual Ferrari, vai dos 0 aos 100 em dez segundos. Ou, no caso, em 98 minutos, e com um filme que parece feito à medida da competição secundária Encounters, porque Orlando, My Polítical Biography estilhaça categorias e lógicas numa celebração festiva da diferença e da identidade: autobiografia, adaptação livre, ensaio, autoficção, documentário, fantasia, depoimento político e manguito ao establishment.

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