Inflação volta a abrandar em Janeiro e desce para 8,3%

Taxa de variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor voltou a descer pelo terceiro mês consecutivo devido aos produtos energéticos.

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Poder de compra está a ser afectado pela inflação Pascal Lauener

A taxa de variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) foi de 8,3% em Janeiro, o que representa menos 1,3 pontos percentuais (p.p.) face a Dezembro, e a terceira descida mensal consecutiva.

De acordo com a estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística divulgada esta terça-feira, a principal contribuição para a desaceleração “foi dada pelo índice relativo aos produtos energéticos, estimando-se que a respectiva taxa de variação homóloga terá diminuído, também pela terceira vez consecutiva, para 6,8% (20,8% no mês anterior), destacando-se a diminuição de preços da electricidade”.

Já o índice referente aos produtos alimentares não transformados “terá acelerado para uma variação de 18,5% (17,6% em Dezembro)”.

“Comparativamente com o mês anterior [Dezembro]”, diz agora o INE, “a variação do IPC terá sido -0,9% (-0,3% em Dezembro e 0,3% em Janeiro de 2022)”.

“Estima-se uma variação média nos últimos doze meses de 8,2% (7,8% no mês anterior)” e o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC, que conta para efeitos de comparação a nível europeu) de Portugal “terá registado uma variação homóloga de 8,6% (9,8% no mês precedente)”.

Os dados europeus só serão conhecidos esta quarta-feira, mas no caso francês foi hoje conhecido que o IHPC subiu de 6,7% para 7% devido, segundo a Reuters, ao fim de apoios aos combustíveis.

O abrandamento hoje reportado pelo INE também se enquadra num período de comparação (Janeiro de 2022) em que o efeito da subida dos preços energéticos já se fazia sentir, mesmo antes do início da guerra da Ucrânia. Em Dezembro, a taxa de variação homóloga tinha passado dos 9,94% para 9,6%, e os 9,94% de Novembro já eram uma descida dos 10,14% do mês anterior.

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