Jovem desapareceu misteriosamente em Roma. Vaticano reabre investigação 40 anos depois

Série de Netflix lançou novas suspeitas sobre o caso de Emanuela Orlandi. Jovem, então com 15 anos, desapareceu em Junho de 1983.

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Emanuela Orlandi desapareceu em 1983 DR

Desapareceu sem deixar rasto há precisamente 40 anos e sucessivas investigações nunca conseguiram responder à pergunta: 'O que aconteceu a Emanuela Orlandi?'. Um documentário da Netflix sobre o tema lançou novas suspeitas e o Vaticano decidiu reabrir a investigação que procura estabelecer o paradeiro da mulher, filha de um funcionário do Vaticano. Tinha apenas 15 anos quando desapareceu, em 1983, e os pais nunca largaram a esperança de voltarem a receber a filha. Recentemente, pediram ao parlamento italiano para assumir as culpas da falta de respostas.

O procurador do Vaticano, Alessandro Diddi, decidiu abrir um novo processo ao desaparecimento de Emanuela Orlandi tendo por base "os pedidos feitos pela família em várias instâncias", avançou o Vatican News.

Citada pelo jornal The Guardian, Laura Sgrò, advogada da família Orlandi, revela que apenas soube das investigações através da comunicação social, mas mostrou contentamento com os mais recentes desenvolvimentos, após várias tentativas infrutíferas de reabertura do caso nos últimos quatro anos.

Após mais de três décadas sem pistas, a procura por Orlandi recomeçou em Março de 2019, quando a família recebeu uma carta anónima que mostrava a fotografia de um anjo em cima de um túmulo, no Cemitério Teutónico do Vaticano. Os desenvolvimentos levaram o Vaticano a abrir os túmulos de duas princesas sepultadas no século XIX (Sophie von Hohenlohe, que morreu em 1836, e Carlotta Federica, morta em 1840), a pedido da família.

Em Outubro de 2022, a Netflix estreou a série Vatican Girl: The Disappearance of Emanuela Orlandi [Rapariga do Vaticano: o desaparecimento de Emanuela Orlandi]. Num dos episódios, uma amiga de infância da jovem diz que Orlandi lhe terá confidenciado que, dias antes do desaparecimento, foi abusada sexualmente no Vaticano por alguém "muito próximo do Papa" João Paulo II.

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