Será que os jovens confiam na política do seu país?

A política deve ser feita com responsabilidade e com rigor porque se continuarmos com esta precariedade e falta de responsabilidade perante os portugueses poderá tornar-se insustentável.

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Miguel Manso

Mais um caso polémico na TAP, o que tem vindo a ser recorrente porque a companhia aérea tem sido mal gerida por parte dos seus proprietários e pelo Governo do primeiro-ministro António Costa, que tem vindo a demonstrar alguma desorientação na forma como tem lidado com este assunto, mas também no modo como tem gerido o país perante uma situação económica que não tem sido favorável aos portugueses.

Como poderá ser vista, por parte dos jovens, uma empresa que tem vindo a demonstrar a degradação da política nacional com tantos casos polémicos? Por exemplo, a atribuição de prémios, num ano de prejuízos, no valor de 1,17 milhões para cerca de 180 trabalhadores, a negociação de um despedimento colectivo enquanto recrutava pessoas em Espanha, a renovação da frota com cerca de 79 carros da BMW, a contratação de uma directora sem qualquer tipo de currículo.

Por último, a polémica mais recente e que causou mais danos ao Governo, a indemnização de meio milhão de euros à ex-secretária de Estado Alexandra Reis, que culminou na demissão da própria e do ministro das Infra-estruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos. A TAP tem sido o tendão de Aquiles do Governo de António Costa.

A política deve ser feita com responsabilidade e com rigor porque se continuarmos com esta precariedade e falta de responsabilidade perante os portugueses poderá tornar-se insustentável na sociedade portuguesa. Actualmente, vejo que existem muitos jovens com interesse político e até com muita intelectualidade política que gostariam de se rever num partido político, porém os casos de corrupção que têm vindo a público não ajudam. Os jovens querem mudar, reformar e proporcionar as melhores condições de vida aos portugueses, mas o seu futuro está em risco devido à insustentabilidade política e ao empobrecimento económico do país.

Por outro lado, esta degradação é um dos factores para que muitos portugueses fiquem alheados da política nacional porque a insustentabilidade e a desconfiança provocam o afastamento da política a muitas pessoas. Prova disso são os números da nossa abstenção que têm vindo a aumentar.

Faço um apelo aos jovens para que continuem a formar-se, a informar-se e a serem a geração mais qualificada de sempre porque são o futuro do nosso país e da nossa sociedade e serão eles que poderão mudar, reformar e proporcionar as melhores condições de vida aos portugueses, directa ou indirectamente pela política nacional. Jamais serão os jovens o problema, mas sim a solução para um país estagnado, empobrecimento e degradado.

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