Guerra na Ucrânia: Rússia vai enviar músicos para a linha da frente para motivar soldados

Os meios de comunicação russos avançam que esta brigada vai incluir cantores de ópera, actores e artistas de circo.

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Músicos militares num ensaio para uma cerimónia em Moscovo, em 2021 Mihail Tokmakov/SOPA Images/LightRocket via Getty Images

A Rússia vai enviar músicos para a linha de frente da guerra na Ucrânia numa tentativa de motivar os soldados russos, escreve este domingo a BBC.

Segundo diz o Ministério da Defesa do Reino Unido no ponto de situação diário sobre a guerra, esta semana o Ministério da Defesa da Rússia anunciou a criação de duas "brigadas criativas da linha da frente", que estarão responsáveis por elevar a moral das tropas destacadas para a "operação militar especial".

Os meios de comunicação russos avançam que esta brigada vai incluir cantores de ópera, actores e artistas de circo. A criação destes grupos está incluída na campanha recente do Ministério da Defesa russo para encorajar a população a doar instrumentos musicais para os soldados destacados.

"A moral frágil continua quase certamente a ser uma vulnerabilidade significativa em grande parte da força russa. No entanto, as preocupações dos soldados concentram-se principalmente nas muitas baixas, na liderança fraca, nos problemas de pagamento, na falta de equipamento, munições e clareza sobre os objectivos da guerra. É improvável que os esforços das brigadas criativas aliviem substancialmente essas preocupações", diz o ministério britânico na actualização.

O anúncio da criação das brigadas musicais acontece na mesma altura em que o ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, visitou as tropas do país envolvidas na "operação militar especial", informou também o Ministério da Defesa russo neste domingo.

"O chefe das forças armadas russas sobrevoou as áreas com tropas e verificou as posições avançadas das unidades russas na zona da operação militar especial", disse o ministério na aplicação Telegram.

O ministério disse no comunicado que Shoigu conversou com as tropas "na linha de frente" e num "posto de comando". No entanto, não foi especificado o dia ou a hora em que a visita decorreu ou se Shoigu tinha visitado tropas posicionadas em território ucraniano.

O ministro "prestou especial atenção" à organização do abastecimento das tropas, às condições de vida e também ao trabalho dos serviços médicos e de retaguarda, acrescenta-se na nota.

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