Ao virar da esquina no Universo, detectou-se uma explosão “excêntrica” de raios gama

Explosão de raios gama detectada a 1100 milhões de anos-luz de nós desafia a classificação convencional destes fenómenos. Tem a duração de uma explosão longa e a origem de uma curta.

Foto
Imagem artística da explosão de raios gama detectada no final de 2021 Samuele Ronchini/GSSI 2022

Tudo aconteceu numa galáxia a 1100 milhões de anos-luz de nós. Aqui na Terra, detectou-se uma explosão de raios gama que durou 50 segundos. Esta tinha tudo para ser uma longa explosão de raios gama —​ que são assim definidas por terem mais de dois segundos. Contudo (e este é um grande “mas”), percebeu-se que tinha surgido a partir do impacto entre dois objectos compactos, como estrelas de neutrões — e esta era uma característica atribuída, até agora, só a explosões de raio gama curtas. Longe para a escala humana, mas perto para a dimensão do Universo, este fenómeno trocou as voltas das definições construídas na Terra e diz-nos que a classificação de explosões de raios gama não é assim tão linear. Já chamam a esta uma explosão “excêntrica” de raios gama.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção
Ler 2 comentários