Kate Middleton usa vestido em segunda mão. Também podemos fazê-lo

A indústria da moda é responsável por cerca de 20% da poluição da água potável. Dados os números alarmantes, existe a preocupação de se mudar para uma indústria mais sustentável e responsável.

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Kate Middleton e Príncipe William na cerimónia dos prémios Earthshot no dia 2 de Dezembro Karwai Tang/Reuters

Kate Middleton decidiu usar um vestido em segunda mão na cerimónia de entrega dos prémios Earthshot, que decorreu na passada sexta-feira. A princesa britânica é conhecida por repetir looks, como há um ano, exactamente para o mesmo evento, voltou a usar um Alexander McQueen que tinha guardado no roupeiro.

Desta vez, a princesa de Gales optou por um vestido alugado para comparecer à segunda edição da cerimónia de prémios que pretende assinalar, anualmente, cinco projectos pelas suas contribuições para o ambiente, em Boston. A cerimónia foi o último evento da visita dos príncipes de Gales aos EUA.

A princesa que, no ano passado, tinha optado por usar um vestido lilás do designer Alexander McQueen, que esteve guardado durante uma década, decidiu que para a cerimónia deste ano iria alugar um vestido, que é da marca britânica Solace London e foi alugado através da plataforma HÜRR, cuja missão passa por ajudar a “remediar os maus hábitos da indústria” da moda, afirma o site da marca.

Um novo fenómeno?

A indústria têxtil continua a ser considerada uma das mais poluentes. De acordo com o Parlamento Europeu estima-se que a produção têxtil seja "responsável por cerca de 20% da poluição da água potável à escala mundial".

É notória a importância que as celebridades têm para o mundo da moda, uma vez que são elas que mostram novas marcas e designers. Contudo, são também responsáveis por dar bons exemplos e Kate Middleton tem-no feito ao usar peças repetidas ou, neste caso, em segunda mão, transmitindo a mensagem que é possível usar roupa de maneira mais responsável e sustentável.

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O casal Johnson durante um encontro com o primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau. Carrie Johnson utiliza um vestido alugado por cerca de 27€ PHIL NOBLE / POOL

E a princesa não está sozinha. Carrie Johnson, mulher do antigo primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, mostra-se também adepta da plataforma HÜRR. Mais: a apresentadora do programa de televisão britânico This Morning Holly Willoughby; a apresentadora de televisão e jornalista inglesa Stacey Dooley; ou a jornalista escocesa Lorraine Kelly, que optou por utilizar um vestido alugado para o evento ITV Palooza, são outros exemplos.

Opções em Portugal

Não é só no Reino Unido que existem plataformas que se dedicam ao aluguer de roupa para ocasiões especiais e de grandes marcas. Portugal tem também algumas opções, plataformas que disponibilizam este serviço de uma forma tão simples como qualquer outro site de compra de roupa.

Por exemplo, a BigCloset foi inaugurada em 2020, pelas mãos de duas amigas, Inês e Vânia, e a loja surgiu do sonho de "um mercado onde se pudesse partilhar moda", explica o site. É não só destinada ao aluguer de roupa, como é possível comprar e vender peças já usadas.

A reCloset é outra sugestão, tratando-se de um mercado online destinado à compra e venda de peças em segunda mão, mas que possui uma selecção de peças, desde as de cerimónia a de "uso ocasional" que podem ser alugadas, como indica o site.

A Rental Mode é outra opção. A marca espanhola nasceu em Sevilha e veio para Lisboa em 2019. Especializada no aluguer de roupas, a loja funciona por marcação e fornece serviço de consultoria de imagem aos clientes, com o objectivo de potenciar um conjunto único para cada evento "porque já ninguém quer repetir um look num evento especial, nem investir na compra de peças que serão usadas só uma vez. E porque a slow fashion faz cada vez mais sentido", afirma o Instagram oficial da marca.


Texto editado por Bárbara Wong

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