MP acusa dois cidadãos portugueses de fraude na regularização de mais de 100 estrangeiros

Um dos acusados reside em Faro e exerce a actividade de técnico oficial de contas. O outro é proprietário de um estabelecimento comercial na Amadora e reside no Reino Unido. Para regularizar cidadãos simulavam relações laborais que, na verdade, nunca existiram, diz Serviço de Estrangeiros e Fronteiras.

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A investigação começou há quatro anos Daniel Rocha

O Ministério Público de Albufeira acusou dois cidadãos portugueses por falsificação de documentos e auxílio à imigração ilegal, forjando documentos que levaram à regularização fraudulenta de mais de 100 estrangeiros, adiantou hoje o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).

De acordo com um comunicado do SEF, um dos cidadãos está também acusado da prática de crimes de falsidade informática e detenção de arma proibida.

“A investigação, realizada pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, iniciou-se em Outubro de 2018, sendo um dos acusados residente em Faro, onde exerce a actividade de técnico oficial de contas, e o outro residente no Reino Unido, sendo proprietário de um estabelecimento comercial na Amadora”, no distrito de Lisboa, adianta o comunicado do SEF.

De acordo com a informação divulgada, os dois cidadãos acusados actuaram “em conjugação de esforços” e “auxiliaram a regularização de mais de uma centena de cidadãos estrangeiros, com recurso a documentos fraudulentos que simulavam relações laborais que, na verdade, nunca existiram”.

“No decorrer da investigação, além da empresa no Algarve e dos pedidos de vistos iniciais, detectaram-se mais empresas ‘fantasma’ e diversas irregularidades para efeitos de regularização em território nacional”, adianta ainda o SEF.

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