Realidade ou versão anacrónica?

que duvidemos, quando creiamos estar seguros de uma realidade qualquer se o que dela se mostra é preciso e justo, se não será apenas uma versão entre outras, ou, pior ainda, se é versão única e unicamente proclamada” (José Saramago, in História do cerco de Lisboa)

Num texto de opinião publicado no Dia Mundial do Professor, Nuno Crato, ministro da Educação de 2011 a 2015, afirmava que a avaliação [das aprendizagens] “quase desapareceu”, confundindo exames com o ato sério e rigoroso de avaliar. Como professora, senti-me indignada, porquanto, currículo e avaliação são indissociáveis e omnipresentes na atividade docente. Interpreto, portanto, das suas palavras uma menorização de uma profissão exigente e qualificada. Nesse registo de desvalorização das ciências da educação – que, aliás, o catapultou na cena política -, Crato apresentou currículo e avaliação como duas ferramentas, quando efetivamente são cara e coroa do ato de ensinar e de aprender.

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