Líder da Crimeia prevê que reparação da ponte de Kerch demorará “um mês e meio”
Reparação da ponte Kerch vai ser feita 24 horas por dia e estará concluída “no mais curto prazo possível”.
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O líder da Crimeia, Serguei Axionov, prognosticou esta segunda-feira que a reparação da ponte, danificada por uma explosão no sábado atribuída pela Rússia à Ucrânia, vai prolongar-se aproximadamente “por um mês e meio”.
“Já estamos a trabalhar. Esperamos que não existam obstáculos pelo caminho e vamos fazê-lo no mais curto prazo possível”, disse em declarações à televisão pública.
Axionov também previu que a 16 de Outubro será possível retomar o tráfico rodoviário para camiões através desta ponte, a maior da Europa e que une o continente russo à anexada península da Crimeia. Numa referência às viaturas particulares, calculou em uma hora o máximo tempo de espera devido à explosão ocorrida ao início da manhã de sábado na ponte de 19 quilómetros.
O mesmo responsável adiantou que quatro navios vão começar a operar na terça-feira para facilitar o tráfego através do estreito de Kerch, que une os mares Negro e de Azov.
Por sua vez, o vice-primeiro-ministro russo, Marat Jusnillin, adiantou que os damos sofridos nos pilares da ponte serão reparados no final desta semana, com turnos no local 24 horas por dia. Jusnillin assegurou que o Governo russo procura uma alternativa ao transporte de mercadorias através dos territórios anexados do sul da Ucrânia, nas regiões de Kherson e Zaporijjia.
A rota alternativa à ponte tem uma extensão de 359 quilómetros, dos quais 180 estão a ser reparados pelo Ministério dos Transportes da Rússia.
Um dos objectivos da campanha militar russa na Ucrânia consistiu em garantir um corredor terrestre entre território russo e a península, que depende dos cereais, água e energia eléctrica provenientes do sul da Ucrânia.
O camião que explodiu no final da madrugada de sábado provocou um incêndio em seis tanques de combustível de um comboio de vagões-cisterna e provocou o colapso de duas secções da parte rodoviária da ponte, para além dos 1,3 quilómetros de via-férrea danificados.
No domingo, Putin acusou os serviços secretos ucranianos de “acto terrorista”, e ordenou bombardeamentos em massa contra as principais cidades do país vizinho, incluindo a capital Kiev e que ocorreram durante a manhã de segunda-feira.
Vladimir Putin diz que ataques foram retaliação pela destruição parcial da ponte da Crimeia por parte da Ucrânia, este sábado.
Reuters,Carolina Pescada