Instalação O Barco de Grada Kilomba apresentada pela primeira vez no Reino Unido

Instalação performativa foi apresentada em Lisboa em 2021 no âmbito da BoCA - Bienal de Arte Contemporânea.

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"O Barco", instalação de Grada Kilomba aborda a história da escravatura dr

A instalação performativa O Barco, da artista portuguesa Grada Kilomba, está a ser apresentada pela primeira vez no Reino Unido, no âmbito do 10.º aniversário da 1-54 Feira de Arte Contemporânea Africana.

A obra foi apresentada pela primeira vez em Setembro do ano passado em Lisboa, no âmbito da BoCA - Bienal de Arte Contemporânea, está em exposição no Somerset House, em Londres, até 20 de Outubro, de acordo com informação disponível no site oficial daquele centro de artes.

A obra, com forma da estrutura de um barco de mais de 30 metros, consiste em 140 blocos de madeira queimada, em homenagem aos corpos desaparecidos no mar ou vítimas da escravatura, um comércio à escala global, que, lembrou Grada Kilomba, em Setembro do ano passado, “foi liderado pelos portugueses” a partir de 1444, e ao longo de 70 anos.

Em 18 dos blocos, a artista escreveu poemas que foram traduzidos do português para mais seis línguas, além do inglês e do árabe: crioulo, ioruba, quimbundo e tsuana.

O Barco, explicou Grada Kilomba na altura, foi criado como "metáfora para produzir um novo futuro", no qual a História da escravatura “seja contada de forma correcta”, sem apagar o sofrimento de milhões de pessoas.

A ideia de criar esta peça multidisciplinar foi preparada com “uma pesquisa intensa, da História, da linguagem, que tem muita importância na criação das identidades, imagens, sons e movimentos”, e, por essa razão, a artista contactou com a comunidade da diáspora africana em Portugal, para criar uma performance em torno da cerimónia e do ritual, com produção musical de Kalaf Epalanga.

As performances na Somerset House vão acontecer nos dias 13 de Outubro, às 17h, e 14 de Outubro, às 13h.

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